O Fenômeno Recorrente e a Incerteza de 2025
Desde 2016, Santa Catarina tem sido palco de um fenômeno intrigante e, para muitos moradores, incômodo: a invasão anual de besouros amarelos, especialmente entre os meses de outubro e dezembro. Este evento, que se repete há anos, levanta questões sobre desequilíbrios ambientais e a necessidade de respostas por parte das autoridades. Em outubro de 2025, no entanto, a intensidade dessa invasão parece ter diminuído ou, em alguns locais, não ter ocorrido com a mesma força dos anos anteriores, gerando especulações sobre as possíveis causas dessa mudança.
 |
| O famoso besouro amarelo "catarinense', imagem: arquivo |
As matérias anteriores do PORTAL DTV, publicadas em 2023 e 2024, já destacavam a recorrência do problema. Em 2024, a matéria intitulada "Besouros amarelos invadem Santa Catarina... de novo!" [1] reiterava a continuidade do fenômeno, mencionando que "todo ano entre outubro e dezembro em várias cidades de Santa Catarina, sobretudo no litoral, esse tipo de besouro amarelo está a invadir a casa das pessoas". A matéria de 2023, "Besouros amarelos invadem Santa Catarina" [2], apresentava observações semelhantes, indicando que o fenômeno "passou a acontecer nos últimos seis anos mais ou menos, provavelmente fruto de algum descontrole ambiental."
O Besouro Amarelo: Identificação e Comportamento
O besouro em questão é o besouro-amarelo (Costalimaita ferruginea), também conhecido como besouro-amarelo-do-eucaliptal, besouro-da-goiabeira e vaquinha-do-algodoeiro. Este inseto coleóptero, da família dos crisomelídeos, possui uma ampla distribuição geográfica, estendendo-se da Amazônia à Argentina. É um inseto polífago, o que significa que se alimenta de diversas plantas cultivadas, como abacateiro, algodoeiro, bananeira, cajueiro, goiabeira e eucalipto .
As matérias anteriores descrevem que a aparição dos insetos é mais comum à noite, mas também ocorre durante o dia. Eles são atraídos por luz, o que lhes rendeu o apelido de "bicho da luz", e frequentemente invadem residências, pousando em superfícies e até mesmo em alimentos .
Hipóteses e Investigações Anteriores
As publicações do PORTAL DTV já apontavam para a hipótese de um descontrole ambiental como a causa principal da proliferação excessiva. Um contato do Estado de São Paulo, Beto Bele, sugeriu que o calor favorece a proliferação de pragas e que um grande desmatamento próximo poderia causar uma migração forçada .
Uma atualização em 29 de novembro de 2023, mencionada nas matérias, trouxe a resposta do Instituto de Meio Ambiente de SC (IMA). A veterinária Carla C. M. Gomes Schlindwein, da Gerência de Biodiversidade e Florestas, informou que os besouros são nativos e que as revoadas em grandes quantidades são naturais em certas épocas do ano, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição e sem maiores riscos [1, 2].
No entanto, as matérias do usuário contestam essa visão, argumentando que a "invasão" ocorre desde 2016, algo que não acontecia antes. A hipótese levantada é que o fenômeno estaria relacionado a uma plantação de arroz em determinada cidade do Estado ou a um problema em uma processadora de arroz em Imbituba, SC. Inicialmente, os besouros se deslocariam para Palhoça, mas nos últimos tempos já teriam chegado a Blumenau. A sugestão era de uma pesquisa de campo para melhor estudar o caso [1, 2]. O IMA, por sua vez, sugeriu verificar se a empresa de arroz era licenciada e questionar o licenciador, além de propor uma pesquisa de campo em parceria com uma universidade [1, 2].
O Cenário de 2025: Menor Intensidade ou Ausência?
Em outubro de 2025, a percepção é de que a invasão de besouros amarelos em Santa Catarina não ocorreu com a mesma intensidade dos anos anteriores. As pesquisas realizadas não revelaram notícias ou relatórios específicos sobre uma invasão massiva de Costalimaita ferruginea em Santa Catarina neste mês. A maioria dos resultados de busca para "besouros amarelos Santa Catarina outubro 2025" ou "invasão besouros amarelos SC 2025" retornou informações genéricas sobre o besouro, artigos científicos mais antigos ou notícias sobre outras pragas e insetos atraídos por luz, como cupins alados .
Uma notícia do G1 de 5 de outubro de 2025 sobre cupins alados em Santa Catarina, que também são atraídos por luz e surgem em revoadas na primavera e verão, não faz menção a uma invasão de besouros amarelos. Isso pode indicar que o fenômeno dos besouros amarelos não foi tão proeminente a ponto de gerar cobertura jornalística específica neste ano, ao contrário dos anos anteriores.
Possíveis Fatores para a Mudança
A possível diminuição ou ausência da invasão em 2025 pode ser atribuída a diversos fatores:
•
Controle Ambiental: A hipótese levantada nas matérias anteriores sobre um descontrole ambiental pode ter sido abordada de alguma forma. Se as autoridades ou empresas envolvidas agiram para mitigar os impactos, isso poderia ter influenciado a população dos besouros. No entanto, não foram encontradas informações específicas sobre ações de controle ambiental direcionadas ao Costalimaita ferruginea em Santa Catarina em 2025.
•
Incidente em Fábrica de Arroz: A conexão com uma fábrica de arroz em Imbituba, mencionada nas matérias do PORTAL DTV, é uma linha de investigação importante. As pesquisas por "incidente fábrica arroz Imbituba SC impacto ambiental" revelaram notícias sobre degradação ambiental em Imbituba e a interdição parcial de uma empresa em 2023 que operava sem autorização . Embora não haja uma ligação direta explícita com a proliferação dos besouros amarelos nas buscas, a resolução de problemas ambientais em indústrias na região poderia ter um impacto indireto no ecossistema local, afetando a população de insetos.
•
Ciclos Naturais e Condições Climáticas: A população de insetos é fortemente influenciada por ciclos naturais e condições climáticas. Variações de temperatura, umidade e padrões de chuva podem afetar a reprodução e sobrevivência dos besouros. É possível que as condições climáticas em outubro de 2025 em Santa Catarina não tenham sido tão favoráveis para uma revoada massiva quanto nos anos anteriores.
•
Predadores Naturais: Um aumento na população de predadores naturais dos besouros amarelos também poderia contribuir para a diminuição da invasão.
Conclusão
A aparente menor intensidade ou ausência da invasão de besouros amarelos em Santa Catarina em outubro de 2025, em comparação com os anos anteriores, é um desenvolvimento notável. Embora as pesquisas não tenham revelado uma causa única e definitiva para essa mudança, as hipóteses de um controle ambiental mais eficaz ou a resolução de problemas ambientais relacionados a atividades industriais, como a mencionada fábrica de arroz em Imbituba, merecem atenção. Além disso, fatores naturais como ciclos populacionais e condições climáticas podem ter desempenhado um papel crucial.
É fundamental que as autoridades ambientais e instituições de pesquisa continuem monitorando o fenômeno e investigando suas causas e variações. A compreensão desses eventos é essencial para a gestão ambiental e para o bem-estar da população catarinense.
Fonte:
*Material co produzido com ajuda da IA da Manus