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Prisão onde está banqueiro Daniel Vorcaro tem comida azeda e ratos

  Daniel Vorcaro foi preso preventivamente e transferido da carceragem da Polícia Federal para o Centro de Detenção Provisória II (CDP 2) de Guarulhos; trata‑se de prisão provisória mantida pela Justiça enquanto a investigação segue em curso.



 

Vorcaro foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos e permaneceu inicialmente na carceragem da superintendência da PF em São Paulo. Após cerca de uma semana, ele foi transferido para o presídio em Guarulhos (CDP 2), onde cumpre a prisão preventiva determinada no âmbito da investigação sobre supostas fraudes financeiras relacionadas ao Banco Master. 

O fundador e controlador do Banco Master, foi preso acusado de liderar um esquema de emissão de títulos de crédito e CDBs supostamente falsos que teria movimentado bilhões; a investigação apontou indícios de fraude em larga escala e a prisão preventiva foi mantida pela Justiça.


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal estimaram que o esquema pode ter movimentado valores na casa dos bilhões de reais, com menções públicas a cifras que chegam a R$ 12 bilhões no conjunto das operações sob apuração.


 


Em consequência das apurações, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, medida que interrompeu operações da instituição e acionou o Fundo Garantidor de Créditos para atendimento de clientes dentro do teto legal; a liquidação também ampliou o foco sobre contratos, vendas de carteiras e relações societárias do conglomerado investigado.

O CDP 2 de Guarulhos é uma unidade destinada a presos provisórios e a detentos em regime inicial, administrada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. A transferência de uma carceragem da PF para um CDP costuma ocorrer quando a custódia provisória precisa ser mantida por prazo mais longo ou quando a superlotação e a logística exigem deslocamento para unidades estaduais. A mudança não altera, por si só, o caráter provisório da prisão: Vorcaro segue detido enquanto tramita o processo e os recursos apresentados pela defesa são apreciados  .


 


Unidades como o CDP têm rotina de visitas, horários rígidos e regras de segurança próprias da administração penitenciária estadual; medidas como restrição de visitas, revista e controle de correspondência são aplicadas conforme o regulamento interno e as decisões judiciais que regem cada caso. A manutenção da prisão preventiva foi justificada pela autoridade judicial com base em riscos apontados pela investigação, e a defesa segue apresentando habeas corpus em instâncias superiores para tentar reverter a custódia.

 

Recentemente o relatório de uma fiscalização descreveu que as refeições servidas no CDP 2 de Guarulhos estavam, em alguns dias, azedas e em quantidade insuficiente, e que as condições de preparo e armazenamento não atendiam a padrões mínimos de higiene. 


Agentes e vistoriadores registraram relatos de presos sobre repetição de cardápios, falta de itens básicos e problemas de conservação que teriam comprometido a qualidade dos alimentos. A constatação aumentou a preocupação sobre a integridade física e a dignidade dos detentos na unidade, incluindo o preso de alto perfil transferido recentemente para lá.

*Imagens: Divulgação/ Fontes: O Globo/ * Conteúdo produzido com ajuda de IA