O corpo de Juliana chega ao IML |
A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, continua a repercutir no Brasil e no exterior. Um novo relatório divulgado pelo portal indonésio Kompas em 28 de junho de 2025 trouxe seis fatos cruciais sobre a autópsia da jovem, desmontando especulações anteriores e reforçando a gravidade do acidente.
1. A causa da morte não foi hipotermia
Ao contrário do que se especulava nas redes sociais, os legistas descartaram a hipotermia como causa da morte. Segundo o médico forense Ida Bagus Putu Alit, não foram encontrados sinais típicos da condição, como necrose nas extremidades dos dedos ou coloração escura da pele.
O corpo de Juliana é resgatado finalmente |
2. Morte por trauma contundente e hemorragia interna
A autópsia apontou que Juliana sofreu fraturas múltiplas no tórax, costas, coluna e coxas, o que causou danos severos aos órgãos internos e uma hemorragia intensa, especialmente na cavidade torácica. O impacto foi tão violento que a morte ocorreu cerca de 20 minutos após a queda.
3. A queda foi de grande altura e com múltiplos impactos
Juliana caiu em uma encosta íngreme e rochosa, sendo encontrada a cerca de 300 metros do ponto onde se separou do grupo. O corpo apresentava lesões compatíveis com múltiplos impactos durante a descida, o que reforça a hipótese de uma queda acidental e abrupta.
4. Tempo de sobrevivência foi curto
Os legistas estimam que Juliana não sobreviveu por muito tempo após o acidente, o que inviabilizaria qualquer tentativa de resgate imediato. Isso contradiz rumores de que ela teria agonizado por dias à espera de socorro.
5. A jovem estava em viagem com outros turistas
Juliana fazia parte de um grupo de mochileiros que contratou uma agência local para a trilha. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, mas a família da vítima questiona a falta de suporte e segurança oferecidos durante o passeio.
O corpo de Juliana recebe homenagens |
6. Repercussões diplomáticas e emocionais
O caso gerou comoção no Brasil e críticas à atuação das autoridades indonésias. A família de Juliana busca responsabilizar judicialmente os envolvidos, enquanto o governo brasileiro avalia medidas para apoiar o translado do corpo e revisar protocolos de assistência a brasileiros no exterior.
família de Juliana anunciou que pretende entrar com uma ação judicial contra os responsáveis pela operação. O caso pode gerar repercussões diplomáticas entre Brasil e Indonésia, especialmente se for comprovado que houve falhas evitáveis no resgate.
Além disso, o episódio levanta questões sobre a responsabilidade das agências de turismo locais, que organizam trilhas em áreas de risco sem garantir suporte adequado em caso de acidentes.
A tragédia de Juliana expõe a vulnerabilidade de turistas em ambientes extremos e a necessidade de protocolos internacionais mais rígidos para atividades de aventura. O Monte Rinjani, segundo vulcão mais alto da Indonésia, já registrou outras mortes em anos anteriores, o que reforça a urgência de medidas preventivas.