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Cacau Show: Seita, Assédio e Perseguição – O Lado Azedo da Gigante do Chocolate

 A Cacau Show, um império de chocolate que seduz milhões de brasileiros com a promessa de doçura e afeto, encontra-se agora sob uma sombra densa e perturbadora. O que antes era sinônimo de celebração e indulgência, transformou-se em um palco de acusações graves e profundamente inquietantes, que expõem um lado sombrio e opressor por trás da fachada açucarada. Ex-franqueados e funcionários, outrora parte integrante dessa vasta rede, emergem agora com relatos arrepiantes de coação, homofobia,  assédio moral  e sexual  , pintando um quadro de abuso sistêmico que choca e revolta. A polêmica, que começou como murmúrios nas redes sociais, rapidamente escalou para um escândalo de proporções nacionais, forçando o CEO Alexandre Costa a se pronunciar, embora suas palavras pareçam insuficientes para aplacar a crescente onda de indignação.


O Pesadelo por Trás da Fachada Doce: Denúncias que Chocam

Enquanto franqueados denunciam dívidas e abusos,   o fundador e CEO da Cacau Show, Alexandre Tadeu da Costa, conhecido como Alê Costa  investe R$ 2 bilhões no Cacau Park, um parque de diversões inspirado em Willy Wonka. Contrastes que chocam.



Nos últimos dias, a cortina de segredos que envolvia a Cacau Show foi brutalmente rasgada, revelando um cenário de opressão e desrespeito que contrasta violentamente com a imagem de felicidade e união que a marca sempre projetou. Ex-franqueados, em um ato de coragem desesperada, inundaram as redes sociais com testemunhos que descrevem um ambiente de trabalho sufocante, onde a liberdade individual era esmagada sob o peso de exigências irracionais. A simples ausência em eventos internos, que deveriam ser opcionais, era punida com um ostracismo velado, interpretada como uma afronta pessoal à liderança e um sinal de falta de comprometimento, gerando um clima de medo e subserviência.


Mas as denúncias não param por aí. O que se desenha é um padrão de práticas abusivas e perseguições internas que beiram o fanatismo. A gravidade da situação atingiu um ponto crítico quando ex-funcionários, exaustos e traumatizados, levaram suas acusações ao Ministério Público do Trabalho (MPT), transformando o que era um burburinho em uma investigação oficial e séria. Agora, os olhos da justiça se voltam para a gigante do chocolate, buscando desvendar a verdade por trás das portas fechadas.


Detalhes arrepiantes, divulgados pelo portal Metrópoles, pintam um quadro ainda mais sombrio. Funcionários eram supostamente coagidos a participar de rituais bizarros e humilhantes: vestidos de branco, descalços, eram forçados a entrar em salas iluminadas por velas, onde o próprio CEO, Alexandre Tadeu Costa, entoava cânticos em sessões que mais pareciam cultos do que reuniões corporativas. A recusa em participar desses rituais, que claramente violam a liberdade de crença e a dignidade do trabalhador, resultava em represálias severas, minando a carreira e a saúde mental daqueles que ousavam resistir.

  Os funcionários seriam coagidos  a fazer   tatuagens idêntica à do dono da empresa.  “Fui marcado que nem gado”, diz ex-funcionário que fez tatuagem igual à de CEO
 



E como se não bastasse o assédio moral, as denúncias se aprofundam em relatos de homofobia e preconceito cintra pessoas obesas, expondo uma vertente de discriminação e preconceito. Funcionários, em depoimentos dilacerantes, afirmam ter sido vítimas de humilhações públicas e comentários depreciativos sobre sua orientação sexual e seu corpo, transformando o ambiente de trabalho em um verdadeiro inferno pessoal. A dor e o sofrimento causados por essas práticas desumanas ecoam nas vozes daqueles que, por medo ou necessidade, foram obrigados a suportar tais atrocidades.

  Após quebrar o silêncio, Náira Alvim primeira franqueada a expor as denúncias viu sua loja fechada. Dias depois das denúncias, a Cacau Show rescindiu o contrato. O ponto comercial, prestes a mudar de mãos, foi encerrado após a visita de representantes da rede

A Ruína dos Sonhos: Falências e Represálias Contra Franqueados


A Cacau Show, que se orgulha de ser a maior franqueadora de chocolates do país, carrega em sua história não apenas o doce sabor do sucesso, mas também o amargo gosto da ruína para muitos de seus parceiros. As acusações de represálias contra franqueados revelam uma estratégia cruel e calculista para esmagar qualquer sinal de descontentamento. Aqueles que ousavam questionar a política da empresa, especialmente as mudanças abruptas e unilaterais de preços que inviabilizavam seus negócios, eram alvo de retaliações que visavam a asfixia financeira.

 


Relatos chocantes descrevem como a empresa, de forma deliberada, passava a enviar a esses franqueados insatisfeitos produtos próximos da data de vencimento, ou, pior ainda, mercadorias de baixo giro, que ficavam encalhadas nas prateleiras. Essa tática perversa não apenas dificultava as vendas, mas também gerava prejuízos astronômicos, empurrando, de forma implacável, inúmeras franquias para a falência. O impacto dessas práticas foi devastador, ceifando os sonhos e as economias de famílias inteiras, que viram seus investimentos se transformarem em pó e se encontraram em uma situação de desespero financeiro e emocional.

Mesmo com a comoção nacional pelas enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, a Cacau Show manteve suas cobranças. Após perder sua loja, uma franqueada buscou ajuda, mas recebeu dívidas.


“A água levou tudo: chocolates, móveis, eletrônicos,” relata. “Em vez de apoio, perguntaram por que a loja não vendia.”


Ela precisou pagar pelos produtos destruídos, sem descontos ou isenções. Ao tentar negociar a dívida para sair, recebeu mais um não. Impacto implacável.



Uma página no Instagram, que se tornou um grito de socorro e um memorial para as vítimas, tem reunido centenas de relatos de ex-franqueados que, com a voz embargada pela dor e pela indignação, afirmam terem sido cruelmente prejudicados pela empresa. Cada depoimento é um testemunho da quebra de confiança e da destruição de vidas, revelando a face impiedosa de um sistema que prioriza o lucro acima de tudo, mesmo que isso signifique a aniquilação de seus próprios parceiros.


A Resposta Insuficiente e a Sombra da Investigação


Diante da enxurrada de denúncias, que se espalharam como um incêndio incontrolável, o CEO Alexandre Tadeu Costa finalmente se pronunciou. No entanto, sua nota oficial, que chegou tarde -pois possivelete junto a seus advogads e da empresa estava bolando a estratégia de defesa ,  nega veementemente todas as acusações e afirma que a empresa repudia qualquer prática de assédio ou constrangimento. A nota ainda soa vazia e protocolar diante da gravidade dos relatos. As palavras de Costa, que buscam reafirmar os valores de confiança, seriedade e respeito da Cacau Show, parecem descoladas da realidade brutal descrita por tantos ex-colaboradores e parceiros.


“Nos últimos dias, algumas informações envolvendo a Cacau Show circularam na mídia e nas redes. Queremos deixar claro para vocês: rejeitamos qualquer acusação que vá contra nossos valores. Nossa história sempre foi construída com base em confiança, seriedade e respeito por cada pessoa que faz parte da nossa jornada. Temos muito orgulho do que construímos e seguimos com coragem, ética e compromisso, para continuar com nosso propósito.”


Essa declaração, embora esperada, falha em abordar a profundidade do sofrimento e da indignação expressos pelas vítimas. Não há um reconhecimento da dor, uma promessa de investigação interna séria, ou um plano de ação concreto para remediar os danos causados. Apenas uma negação genérica que, para muitos, apenas reforça a percepção de uma empresa que se recusa a confrontar seus próprios demônios.


Enquanto a Cacau Show tenta controlar a narrativa, a sombra da investigação do Ministério Público do Trabalho paira sobre a empresa. As denúncias não são meros boatos; são acusações formais que estão sendo apuradas por uma instituição séria. Novas informações podem surgir a qualquer momento, e o desfecho dessa história, que começou com o doce sabor do chocolate, pode se transformar em um legado amargo de injustiça e desrespeito. A verdade, por mais dolorosa que seja, ainda está por vir, e a sociedade aguarda ansiosamente por respostas e, acima de tudo, por justiça para aqueles que foram silenciados e prejudicados por tanto tempo.


O fato em si ajuda a ilustrar talvez como nunca a velha  máxima  de que  devemos desconfiar  quando algo aparenta ser bom ou perfeito demais.  Até  porque por si só é isso que as seitas fazem para angariar novos membros, mostram um mundo perfeito demais que na verdade é um inferno  e quando alguém consegue sair desse inferno  é perseguido sem parar.

Fonte: Metrópoles , O Povo.

*Este artigo contou com ajuda da IA da Microsoft e da Manus.