Depois de um dia em que desde cedo vazou para a midia (a séria e a não séria) que as investigações da polícia de Cajamar na Gde SP que investiga o intrigante caso também suspeitava do pai da adolescente de 17 anos como envolvido no caso, agora ao anoitecer o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), afirmou que a perícia descartou a possibilidade do envolvimento deste.
Vitória Regina e o pai Carlos: Boatos desnecessários |
Durante coletiva de imprensa, além de negar o envolvimento de Carlos Alberto Souza, Carmo, afirmou ainda que Polícia Civil não tem dúvidas da participação de Maicol Antonio Sales dos Santos, que foi preso no fim-de-semana, Ele é um dos envolvidos na morte da jovem Vitória Regina de Sousa.
A perícia encontrou vestígios de sangue no Toyota Corolla que pertence a Maicol, O carro foi visto próximo à cena do crime .
— Nós demos um grande passo com a prisão do Maicol, que é um dos autores que praticou essa barbárie, a degola, as facadas, a tortura , afirmou Carmo.
Os resultados do exame de DNA que devem dizer se o sangue encontrado no carro é mesmo de Vitoria devem sair em cerca de um mês.
Vitória teria descoberto caso amoroso entre o ex e um conhecido de ambos e estes poderiam estar temendo que a história chegasse aos ouvidos do PCC |
Já os outros dois suspeitos — Daniel Lucas Pereira e o ex-namorado Gustavo Vinicius Moraes — ainda seguem sendo investigados mas a participação de ambos no assassinato até agora não foi descartada nem confirmada. Ambos e Maicol se conheciam, segundo a investigação e todos moram no bairro de Ponunduva, em Cajamar, onde também vivia a vítima, degolada no crime.
Agora a Polícia Civil deve voltar a pedir a prisão de Daniel, já que, dias antes do crime, ele teria feito vídeos do trajeto que Vitória percorria do ponto de ônibus até a casa onde morava.
— Estava gravado no celular do Daniel, três ou quatro vezes, o trajeto do lugar que a vítima desceu (do ônibus) até a residência. Pode ser uma filmagem já preparando o local onde seria o arrebatamento — esclareceu ainda o delegado Luiz Carlos do Carmo que lembrou também que vizinhos de Maicol disseram ter ouvido gritos vindo da casa do suspeito nos mesmos dias em que Vitoria era dada como desaparecida.
Momento em que mais um dos suspeitos era preso, ontem |
Os policiais seguem tentando localizar a área que teria sido usada como cativeiro.
O delegado informou ainda que parte das testemunhas ouvidas pela polícia chegou a ser ameaçada para que mudassem a versão dos depoimentos.
A prática de estupro ainda é investigada e depende de resultados de exames da Polícia Técnico-Científica.
A polícia já descartou nesta segunda-feira que os homens em um Toyota Yaris que foram vistos conversando com Vitória antes de seu desaparecimento, e tenham participado do assassinato .
— Eles brincaram com a vítima naquele momento e depois seguiram e foram para um bar. Nós fomos para o bar, levantamos realmente o horário que eles saíram, nós vimos a conta que foi paga no restaurante — informou também o delegado.
Fonte: O Globo