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Caso Vitória: A paixão por necropsia da garota e seu fim revoltante

 A menina Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, estava desaparecida há uma semana  e finalmente foi encontrada mas infelizmente morta em Cajamar (SP), na última quarta-feira, 5. No dia que desapareceu ., Vitória enviou áudios para uma amiga  que dois homens suspeitos a seguiam durante o trajeto em dela  no ônibus ,-ela desembarcou no ponto e iria andando para casa)  na noite do dia 26. 

 Imagem de câmera de segurança mostra  Vitória caminhando até ponto de ônibus em Cajamar (SP) e seu trágico fim. 
Imagem: Reprodução/Rede Record 



Logo de cara o   primeiro suspeito  do desaparecimento havia sido  o ex-namorado dela, Gustavo Vinicius;  Desde o início a  polícia identificou incongruências  nos seus  depoimentos. Além de Gustavo Vinicius, mais seis pessoas foram apontadas como suspeitas do caso e mais de onze testemunhas foram ouvidas.

O último contato


 Três  carros foram apreendidos pela polícia e periciados, para auxiliar as investigações com provas. 


O corpo de Vitória  estava em uma área de mata  e já se encontrava em estado avançado de decomposição e tinha  sinais de violência .


Torcedora do Corinthians, Vitória Regina completaria 18 anos no dia 13 de abril e curiosamente  em uma postagem no Instagram no ano passado, a garota manifestou o sonho de trabalhar com necropsia, atividade que descrevia como “paixão”.

Vitória posa para uma foto : Dizia adorar necrópsia


Ela também dizia disse ter o desejo de se mudar de cidade.


Em uma publicação de 2022, ela   escreveu: “A vida é curta demais para eu não ser eu mesma”. Em outra, afirmou que “liberdade é poder ser você mesmo”.


 Ela aparentemente prezava nuito suas relações familiares e   por diversas oportunidades publicava fotos com os sobrinhos, que ela definia como “amores da minha vida”.


  O irmão da vítima, em uma publicação de despedida, escreveu que “o céu ganhou mais uma estrela”, descrevendo-a como um “ser de luz”.


 Equipes da Polícia Científica da Polícia Civil realizam, nesta sexta-feira (7/3), perícia no carro de um dos suspeitos


 Na tarde deste sábado (08) Maicol Antonio Sales dos Santos, um dos suspeitos de envolvimento na morte de Vitória  foi preso pela polícia.

Um dos detidos na mata chega a delegacia para depor /imagem: SBT


 

Maicol é dono do  automóvel Corolla que teria sido visto no local onde a garota sumiu  . "Não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados",  assegura  a juíza Juliana Junqueira na decisão em que acatou o pedido de prisão temporária do suspeito.


A Polícia Civil também pediu a prisão temporária de outro sujeito, identificado como Daniel Lucas Pereira,  porém a Justiça negou mas  a juíza autorizou busca e apreensão na casa dos dois investigados.


Maicol afirmou à polícia que na noite do 26 de fevereiro  estava em casa com a esposa mas  a companheira parece que não é tão companheira assim dele e afirmou  disse que ela estava na casa da mãe dela, onde ficou até o dia seguinte. 


Já os vizinhos também abriram a boca e relataram uma "movimentação atípica" na casa do suspeito naquela noite. Uma testemunha disse que ele entrava e saía da garagem e afirmou a amigos que o carro teria "ficado bom".


O suspeito teve ainda a curiosa ideia de pedir para que  publicassem nas redes sociais,   que seu envolvimento no caso era "fake news". A juíza  acabou vendo isso  como  tentativa de obstrução do processo.

Amigos e parentes abatidos no velório da garota/imagem: TV Globo


 Já Daniel assegurou no seu depoimento que  fotografou o Corolla no dia seguinte ao desaparecimento em meio a notícias que colocavam o carro na cena do crime. Segundo ele, este  teria sido questionado por Maicol sobre o motivo da foto.


   A juíza entendeu que somente a foto o relacionava ao caso e por isso não aceitou a prisão deste. "Circunstância provisoriamente esclarecida pelo representado e que, por si, não justifica a excepcional e drástica prisão temporária", argumentou a magistrada.


 A juíza também autorizou a quebra de sigilo telefônico de eventuais aparelhos apreendidos durante as buscas.


Os policiais também encontraram neste sábado (05) um local para onde Vitória foi levada antes do crime  . No local , além da perícia do ambiente alguns objetos foram apreendidos. 


A polícia também investiga se o PCC está envolvido com o crime pois  a jovem foi encontrada com o cabelo raspado — o que é considerado um sinal deixado pela facção paulista por traição amorosa. O delegado do caso, Aldo Galiano  lembriu que há quatro meses, um integrante do PCC foi preso na região onde o corpo foi encontrado.