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O plano de Braga Netto para matar Lula, Alckmin e Moraes

 A cada novo capítulo o  lamentável episódio de 8 de janeiro de 2023 e muitos outros  além de  mostrarem ser uma coisa só no fundo , também,   mostram ser muito mais   terríveis , antidemocráticos e criminosos  do que ja parecia.  Já se sabe por exemplo, que o plano   tinha o nome de Punhal Verde e Amarelo e a ideia era além de dar um golpe de estado no Brasil,  tendo Jair Bolsonaro como  um ditador , acabar coma vida do presidente eleito., seu vice o e do ministro do STF. Algo pra lá de louco e que mostra o perigo que o Brasil correu e pode ainda estar correndo caso  nada for feito para  parar a extrema direita-brasileira que é interligada com outras mundo afora, inclusive. 

A decisão de Moraes afirma ainda que um "pessoal do agronegócio" teria dado recursos para a trama golpista, segundo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

 

  Braga Netto em 2021 na época que era ministro da Defesa,  fala com soldados durante Operação Formosa (Goiás), em 2021 - Evaristo Sá - 16.ago.21/AFP

 Com base m provas contundentes, o  ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a retirada do sigilo da decisão que autorizou a prisão do general de Exército da reserva Walter Souza Braga Netto, efetuada    na manhã deste sábado (14) pela PF no Rio. A decisão indica assim  que novos depoimentos prestados por Mauro César Barbosa Cid, ex ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixaram claro o envolvimento do general nos planos para assassinar  as três autoridades .


 As investigações mostram ainda que Braga Netto agiu para obstruir os trabalhos da Justiça e da Polícia Federal, o depoimento prestado por Mauro Cid em 21 de novembro apontou que o general “obteve e entregou os recursos necessários para a organização e execução da tal operação ‘Punhal Verde e Amarelo’ – evento ‘COPA 2022′”. 


 Mauro Cid no mesmo depoimento também apresentou novos elementos importantes sobre as circunstâncias nas quais ocorreram uma reunião na casa de Braga Netto na qual os detalhes da  operação foi discutida. “O general repassou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias a realização da operação”, diz Mauro Cid, em seu depoimento.


A decisão  procura destacar  que as investigações apontaram que “há fortes indícios e substanciais provas de que, no contexto da organização criminosa, o investigado Walter Souza Braga Netto contribuiu, em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente, para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado, cuja consumação presumia, na visão dos investigados, a detenção ilegal e possível execução do então Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e Ministro do Supremo Tribunal Federal, com uso de técnicas militares e terroristas, além de possível assassinato dos candidatos eleitos nas eleições de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin e, eventualmente, as prisões de pessoas que pudessem oferecer qualquer resistência institucional à empreitada golpista”.

 crimes de formação de organização criminosa e de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e do governo legitimamente constituído por meio do emprego de violência ou grave ameaça, assim como indicou a participação do general no evento “copa 2022” e em diversas condutas destinadas a impedir ou embaraçar a investigação.

O "evento Copa 2022" era a operação para sequestrar Moraes no dia 15 de dezembro de 2022, de acordo com a PF.

“Os desdobramentos da investigação, notadamente a realização da denominada operação ‘Contragolpe’ e os novos depoimentos do colaborador Mauro César Barbosa Cid, revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demonstrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”, aponta a decisão.



A PF conseguiu  recuperar conversas importantes de Whatsapp dos envolvidos e que haviam sido apagadas o que  dificulta ainda mais a defesa dos acusados .


A pedido do próprio presidente Lula que ficou quase dois  anos preso  em consequencia  da polêmica Operação Lava Jato que fez muita espetacularização das prisões e afins,  a prisão de Braga Netto e de outros envolvidos nas tramas golpistas até agora não tem sido divulgadas   as imagens nem se tem feito  nenhum '' teatro'' por parte da PF e do judiciário.  


 Braga Netto foi detido em sua casa em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e de lá levado  ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

A operação da Polícia Federal  de prisão de Braga Netto estava prevista para ocorrer na quinta-feira (12).

Braga Netto, porém, estava com a família em viagem de férias a Alagoas, com retorno previsto para o fim da tarde.

 
A Polícia Federal decidiu prender o general da reserva no sábado, quando ele já estava de volta à casa que mantém em Copacabana.  


À tarde, Braga Netto participou, por videoconferência, de uma audiência de custódia com um juiz instrutor do Supremo Tribunal Federal (STF), onde corre a investigação. Após o procedimento de rotina, a prisão foi mantida.


Braga Netto nega as acusações de que é alvo no inquérito. A defesa do militar divulgou nota oficial após a prisão dele  , afirmando que "se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos" e que acredita que terá "oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução às investigações".

Além de Braga Netto, outras 36 pessoas foram indiciadas no fim de novembro, entre elas o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Augusto Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Bolsonaro.

Mais três investigados foram indiciados nesta quarta-feira (11/12). Com isso, o inquérito que investiga a tentativa de golpe passou a contar com 40 indiciados ao todo.

O grupo foi indiciado por três crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.  Se condenados  podem pegar  de três a 12 anos de prisão.

 Ainda não se sabe mas  é possível imaginar   muitos dos quais  seria  esse tal '' pessoal do agronegócio . ''.
Fonte: Folha, Sul21, BBC.