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Irã X Israel e a Terceira Guerra

 


O ataque do Irã a Israel na noite passada não foi nenhuma surpresa , era esperado e até   demorou muito para acontecer .   Teerã pareceu mostrar relativa  paciência ,   o que podia supor que estavam planejando algo grande.

Irã dispara contra Jerusalém


E agora  que já houve  a grande ansiedade internacional é sobre como Israel vao agir nas próximas horas .  


São grandes as chances  que agora Israel lance  super  ataques com mísseis contra o programa de mísseis nucleares do Irã,  indo direto ao ponto. Porém,   o Irã pode muito bem ver isso como uma ameaça existencial, já que toda a sua razão de ser  desde a  revolução de 1979  foi seu braço forte para se tornar o mediador de poder do Oriente Médio. Por outro lado,   pegará mal   dentro do regime de Teerã  não seguir com os ataques. E obviamente isto é  o caminho  mais curto para o início de ima guerra total  e as trocas de mísseis terão consequências  diretas e a médio prazo no caos total.

 

De qualquer maneira, os ataques   com mísseis   significam que a violência em curso pode durar alguns meses  ( e só para lembrar ,  a guerra em 2006 durou pouco mais de um mês, mas naquele momento   Israel parecia   aproveitar a oportunidade enquanto o Hezbollah estava  muito enfraquecido, tendo perdido centenas de combatentes e comandantes em ataques aéreos.  


 Pessoas se escondem atrás de veículos  em uma ponte ao lado de uma rodovia em Tel Aviv em 1º de outubro ( Imagem: AFP via Getty Images)


  Israel pode  ter planejado  que se o Irã não se envolve  abertamente, o Ocidente liderado pelos Estados Unidos intervirá de qualquer maneira em apoio a Tel Aviv.  E como   agora o Irã atacou,   o Ocidente veja os ataques israelenses como legítimos.


O fato é que  um gigantesco confronto militar está aberto entre Israel e Irã  e o Ocidente nos próximos dias já estará envolvido . Uma guerra regional mais ampla causará instabilidade, com seus efeitos indiretos em todo o mundo.


Não podemos esquecer que um  milhão de pessoas já foram deslocadas no Líbano  e  os aliados do Irã, Rússia, Coreia do Norte e China, estão observando os eventos e há uma possibilidade externa de uma Terceira Guerra Mundial,  com o  cansativo   conflito na Ucrânia.  Muitos acreditam, inclusive,   que isso já começou  e apenas parece diferente  dentro daquilo que  os analistas modernos chamam de "guerra híbrida", que não é travada apenas nas trincheiras, mas nos bastidores, com operações militares secretas, missões desestabilizadoras, campanhas de desinformação, interferência eleitoral e hacking e etc.

Foguetes iranianos  voam  em direção a  Israel ontem  Imagem: Anadolu via Getty Images)



O medo das reações iranianas  já vinha crescendo  desde que Israel aumentou drasticamente a aposta com incursões no Líbano. Mais cedo, tropas e tanques  tomaram a frente depois que semanas de ataques aéreos devastadores paralisaram o Hezbollah. A campanha aérea israelense, que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na sexta-feira,  havia amenizado os atques para um ataque terrestre. Mas o aumento da ação militar de Israel foi feito apesar dos apelos ocidentais por diplomacia e calma, enquanto o mundo se prepara para uma explosão de violência. 


Os ataques israelenses já mataram mais de 1.000 pessoas nas últimas duas semanas, incluindo 87 crianças e 56 mulheres e muitos membros do Hezbollah. O primeiro-ministro Najib Mikati diz que até um milhão de pessoas - um quinto da população - podem ter fugido de suas casas. Até mesmo alguns refugiados sírios fugiram de volta para seu país de origem, temendo ataques israelenses. O Líbano já está em uma crise econômica desesperadora e, nas próximas semanas e meses, essa guerra terá um efeito indireto em toda a região .


 O conflito teve início na Faixa de Gaza  em 2023, quando o   Hamas ,  a uma organização militar palestina em 7 de outubro de 2023,  fez um ataque armado em um festival em Israel, Mais de 1400 civis foram  sequestrados ou mortos no local.  E outros mortos nos dias e meses seguintes.


Desde então, Israel contra-ataca o Hamas e, consequentemente, a Palestina.  E como esperado,  a tensão escalonou e envolveu diversos países vizinhos  reacendendo algumas questões étnicas e religiosas antigas.

 Pessoas se escondem na beira de uma estrada enquanto uma sirene soa ( Imagem: AP)


 Após o ataque do Hamas em 2023, o grupo libanês Hezbollah se envolveu e também começou um ataque ao Israel. O grupo também é muçulmano,  apoia  ao Hamas  o que  funciona como um apoio do Líbano à Palestina.


 O Irã por sua vez é outro apoiador da Palestina e tem o Hezbollah como um dos principais aliados bélicos, além de ser grande financiador do Hamas. O país é um dos mais bem armados do mundo, inclusive nuclearmente e agora adicionou um grande peso ao conflito assim como aconteceu na primeira e na segunda guerra mundial  onde uma coisa foi levando a outra  na Europa e no extremo-oriente.

Fonte:  Mirror