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Pancada na Cabeça igual a sofrida por Gugu.Saiba o que pode acontecer

Por estes dias o país acompanha aflito o drama do apresentador Augusto Liberato que encontra-se em grave estado na UTI após sofrer uma queda de 4 metros de altura após o teto em que estava desabar com  ele e este bater com a cabeça na quina de um móvel algo como uma mesa. Pancadas na cabeça têm consequências imediatas e tardias. Esse foi um dos temas discutidos no congresso da American Neurological Association, de 2018.Um grupo da Universidade Jonhs Hopkins acompanhou, durante 20 anos, mais de 13 mil pessoas de 45 a 65 anos, submetidas a testes cognitivos periódicos (nos períodos de 1990 a 1992, de 1996 a 1998 e de 2011 a 2013).

Entre os participantes, 24% sofreram pelo menos um trauma na cabeça, que resultou em concussão cerebral leve – com ou sem perda de consciência – moderada ou grave.Durante o acompanhamento, incidiram 1.295 casos de demência, 400 dos quais naqueles que bateram a cabeça.os resultados revelaram que o declínio cognitivo foi mais significativo no grupo que sofreu o traumatismo.Daqueles que levaram pancadas na cabeça, 25% sofreram mais de um traumatismo. A incidência do declínio cognitivo e de demência franca aumentou com o número de acidentes ocorridos.se houver rompimento de algum vaso, o sangue pode vazar para o cérebro, levando a sintomas, como vômito e sonolência, sem que a pessoa já esteja com sono.É possível ainda que o paciente tenha perda de consciência e memória, sinal de gravidade do trauma Essa perda acontece porque, ao bater a cabeça, algumas regiões do cérebro responsáveis pela criação de novas memórias podem parar de funcionar, impedindo que ela se lembre do que aconteceu Resultado de imagem para pancada na cabeçamomentos antes e depois do trauma.

Podem acontecer também outros sintomas, como fraqueza, amnésia, alteração da visão e desorientação, por exemplo.o cérebro de alguns jogadores de futebol falecidos tem tecidos lesionados e conglomerados de uma proteína, conhecida como tau, que podem estrangular e matar as células cerebrais .  Acredita-se que esse sintoma cerebral, chamado de encefalopatia traumática crônica (ETC), seja causado por golpes na cabeça, incluindo os impactos que ocorrem com frequência durante algumas jogadas de futebol americano e outros esportes de contato.“Chamamos as lesões decorrentes de um trauma externo de traumatismo crânio encefálico (TCE) e elas podem causar alterações anatômicas do crânio como fratura e/ou comprometimento funcional das meninges (membrana que reveste o sistema nervoso central), do encéfalo (cérebro propriamente dito), ou dos vasos de circulação intracranianos. Esse comprometimento pode ter duração variada, podendo ser momentâneo ou permanente”, explica a neurologista Maria Elizabeth Matta de Rezende Ferraz, vice-coordenadora do Departamento Científico de Traumatismo Cranioencefálico da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Segundo a neurologista, após a ocorrência de TCE, alguns cuidados devem ser tomados. “Se o paciente estiver confuso ou sonolento, se teve perda de consciência ou amnésia prolongada e se apresentar alteração do estado geral prévio ao que tinha antes do acidente e, ainda, se sentir tontura, apresentar vômitos, dores de cabeça de intensidade crescente ou algum déficit neurológico novo, ele deve ser prontamente levado a um hospital para ser atendido o mais breve possível”, afirma.

Maria Elizabeth também adverte que inúmeras complicações podem advir de TCE. “Elas estão na dependência do mecanismo do trauma, ou seja, como se deu a batida na cabeça. Por exemplo, se foi uma paulada, um acidente de motocicleta com ou sem capacete, ou uma queda da própria altura. Para cada uma destas situações ocorrem lesões de diferentes naturezas e de gravidade que também é variada.”

As consequências do trauma podem ser desde nenhuma, quando o paciente permanece assintomático, até sequelas motoras e cognitivas graves, podendo chegar a óbito. “É possível ocorrer lesões ósseas, vasculares e de tecido cerebral propriamente dito. Elas são de diversas magnitudes, dependendo do tipo e intensidade do TCE”, frisa a médica.

Nos casos mais graves, acrescenta Maria Elizabeth, pode ocorrer deslizamento da parte mais pesada do tecido nervoso encefálico em relação à parte mais leve. Esse movimento se dá em vários eixos, podendo ser de frente para trás, como se o cérebro chacoalhasse dentro da caixa craniana, e também um mecanismo de torção (rotacional) das células neuronais. Esses deslocamentos causam lesões de diversas magnitudes para o neurônio, podendo levar a microssangramentos do parênquima cerebral (tecido cerebral) e inclusive à morte neuronal, com sequelas irreversíveis. Agradecimentos: https://imirante.com/