No final de Outubro de 2003
no Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre foi instaurada uma sindicância para apurar a denúncia de desaparecimento de parte da calota craniana de Stefani da Silva, á época com 10 anos. A paciente se recuperava de uma cirurgia para retirada de um tumor cerebral. Os médicos informavam que a parte do crânio que havia sumido não causaria prejuízo à paciente. A Polícia Civil e a Promotoria Especializada Criminal do Ministério Público foram comunicadas.
O pai da menina, o jornalista Jairo Miguel da Silva, á época com 32 anos, dizia em entrevista ao jornal Zero Hora que foi comunicado de que o osso retirado do crânio havia sido perdido, talvez jogado no lixo, e que a filha seria submetida a uma nova operação para o fechamento da cabeça. "Disse que me conformava, mas queria que a menina tivesse atendimento garantido sempre que necessário. Achei um descaso com o ser humano", desabafou á época.
Segundo Silva, a equipe médica garantiu que a parte do crânio retirada seria conservada e recolocada. "Um médico residente veio me dizer que tinham perdido o osso. Ninguém sabia o que tinha ocorrido. Uns falavam que o freezer fora degelado e o material, colocado no lixo", sustentou.Após uma reunião com a direção do hospital, a advogada da família, Neida Leal Floriano, encaminhou denúncia ao MP e à polícia. No fim foi colocada uma prótese na cabeça da menina em uma nova cirurgia.
Stefani de Maravilha (SC) foi internada em 20 de setembro. Após nove dias, foi operada para retirada do tumor, que já comprometera 50% da visão do olho esquerdo. Em 4 de outubro, conforme o pai, a menina sofreu uma parada respiratória em decorrência de edema cerebral, e uma nova cirurgia foi feita. Desta vez, 50% da parte superior do crânio foi removida. Stefani chegou a ficar em coma, mas se recuperou. No começo de novembro daquele ano Stefani retornou pra casa.
Na estrada rumo a Maravilha , município onde a menina vive com os pais e uma irmã de cinco anos, o pai, o jornalista Jairo Miguel da Silva, falou emocionado ao portal Terra. Com a voz embargada, afirmou que estava muito feliz com a recuperação e que pediria reparo pelo sofrimento e garantiu: "Quero esquecer o que passamos em Porto Alegre".
Jairo recorreu ao Ministério Público e denunciou o ocorrido na imprensa gaúcha. A superintendência do hospital instaurou sindicância para descobrir os responsáveis pelo incidente. O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) ouviu os envolvidos e abriu investigação.
Os pontos na cabeça da menina foram retirados em nova visita ao hospital onde tudo ocorreu. "Quando chegamos, ela começou a chorar de medo e nervosismo. Aí dissemos para ela: calma, Stefani, já está acabando. Esta será a última coisa que estamos fazendo", tranqüilizou o pai. "Aí ela começou a chorar e a rir ao mesmo tempo", Jairo dizia que a filha seguia com dificuldade de andar sozinha e que perdeu muito peso.
Com relação à prótese colocada na cabeça da menina, o pai afirmava que não sabia ao certo qual procedimento seria tomado: "Me deram duas versões: uma que teria de tirar a prótese e outra de que não". Um médico teria dito que o osso só deve ser trocado em dois ou três anos porque a prótese é de um tamanho maior do que a original. "A Stefani tem uma formação óssea de uma menina de seis anos e meio, sendo que ela tem dez. Ela mede 1,21m e pesa 27kg, antes de ser operada", diz Jairo.
O tratamento da menina com o passar do tempo foi seguido em Santa Catarina. Ela teve que fazer fisioterapia, baterias de exames e trabalho para resistência física. "Estamos extremamente contentes com a recuperação dela, eu e minha esposa estamos muito felizes porque ela está bem, com saúde e confiante. Foi difícil porque chegamos a um ponto onde ela estava no último grau de coma", disse o pai da menina .
A menina há época aluna da 4ª série e, segundo o pai, devido às notas altas, já estava passada no terceiro semestre. "Agora, claro que ela terá de fazer avaliações e recuperações, mas não perderá o ano de jeito nenhum", afirmava orgulhoso. "Ela também fazia aulas de street dance numa academia e está louca para voltar".
A advogada da família, Neide Leal, disse que entrou na justiça pedindo indenização. A decisão foi tomada , num encontro com Jairo. Ela cuidou em Porto Alegre de todos os trâmites para família da Silva, que só voltou a Porto Alegre em seis meses para consulta com o neurocirurgião que a operou.
Com uma estatura óssea pequena para sua idade, Stefani realizava há anos tratamento de reposição hormonal. Com o passar do tempo, a visão de um olho ficou prejudicada. A família procurou orientação médica, e, de acordo com Jairo, se demorassem muito a tendência era de que a filha perdesse totalmente a visão. Ela foi submetida então a um exame de ressonância magnética, que detectou um tumor cerebral.
Os pais procuraram atendimento no Rio Grande do Sul. No dia 20 de setembro de 2003, a menina teve parte da calota craniana retirada ao ser submetida a uma cirurgia para extração do tumor na parte frontal da cabeça. A cirurgia foi bem sucedida, e em três semanas ela teria a calota craniana reimplantada em procedimento cirúrgico que vinha sendo realizado no HCR, com a utilização do próprio material humano.
Depois de três protelações da cirurgia, o pai descobriu, por informações de um estagiário do hospital, que a calota do crânio de sua filha, que deveria ser reimplantado, havia sido descartado por descuido no lixo hospitalar. "Um médico residente veio me dizer que tinham perdido o osso. Ninguém sabia o que tinha ocorrido. Uns falavam que o freezer fora degelado e o material, colocado no lixo. Só queria que a menina tivesse atendimento garantido sempre que necessário. Achei um descaso com o ser humano".
Jairo recorreu ao Ministério Público pedindo providências e fez a denúncia por meio da imprensa. Além dos prejuízos imediatos, ele questionou também o futuro de sua filha, com apenas 10 anos, em fase de crescimento e a prótese não cresce.
"Durante todo esse tempo, eu e minha esposa estamos tomando antidepressivos e tranqüilizantes para nos mantermos os mais calmos possíveis", desabafou o pai á época.
"Ontem, em conversa com a advogada, decidimos que estamos nos desligando do caso. Queremos ir para longe porque estamos detonados, arrasados. A dr. Neide vai cuidar de tudo para nós. Só queremos ir para nossa cidade porque nosso foco é a integridade física de Stefani" . 2017 ; 14 ANOS DEPOIS: Passados 14 anos, a história teve um final feliz. Stefani hoje tem 24 anos e está noiva
STEFANI estudou administração na universidade UNOPAR Se formou no colégio em 2011 e ainda vive em Maravilha SC . É carinhosamente chamada pelos amigos e familiares de Stééh
O pai de Stefani, Jairo Miguel da Silva ,hoje é um politico local em Maravilha. ................Como é feita a reconstrução do crânio
no Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre foi instaurada uma sindicância para apurar a denúncia de desaparecimento de parte da calota craniana de Stefani da Silva, á época com 10 anos. A paciente se recuperava de uma cirurgia para retirada de um tumor cerebral. Os médicos informavam que a parte do crânio que havia sumido não causaria prejuízo à paciente. A Polícia Civil e a Promotoria Especializada Criminal do Ministério Público foram comunicadas.
O pai da menina, o jornalista Jairo Miguel da Silva, á época com 32 anos, dizia em entrevista ao jornal Zero Hora que foi comunicado de que o osso retirado do crânio havia sido perdido, talvez jogado no lixo, e que a filha seria submetida a uma nova operação para o fechamento da cabeça. "Disse que me conformava, mas queria que a menina tivesse atendimento garantido sempre que necessário. Achei um descaso com o ser humano", desabafou á época.
Segundo Silva, a equipe médica garantiu que a parte do crânio retirada seria conservada e recolocada. "Um médico residente veio me dizer que tinham perdido o osso. Ninguém sabia o que tinha ocorrido. Uns falavam que o freezer fora degelado e o material, colocado no lixo", sustentou.Após uma reunião com a direção do hospital, a advogada da família, Neida Leal Floriano, encaminhou denúncia ao MP e à polícia. No fim foi colocada uma prótese na cabeça da menina em uma nova cirurgia.
Stefani de Maravilha (SC) foi internada em 20 de setembro. Após nove dias, foi operada para retirada do tumor, que já comprometera 50% da visão do olho esquerdo. Em 4 de outubro, conforme o pai, a menina sofreu uma parada respiratória em decorrência de edema cerebral, e uma nova cirurgia foi feita. Desta vez, 50% da parte superior do crânio foi removida. Stefani chegou a ficar em coma, mas se recuperou. No começo de novembro daquele ano Stefani retornou pra casa.
Na estrada rumo a Maravilha , município onde a menina vive com os pais e uma irmã de cinco anos, o pai, o jornalista Jairo Miguel da Silva, falou emocionado ao portal Terra. Com a voz embargada, afirmou que estava muito feliz com a recuperação e que pediria reparo pelo sofrimento e garantiu: "Quero esquecer o que passamos em Porto Alegre".
Jairo recorreu ao Ministério Público e denunciou o ocorrido na imprensa gaúcha. A superintendência do hospital instaurou sindicância para descobrir os responsáveis pelo incidente. O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) ouviu os envolvidos e abriu investigação.
Os pontos na cabeça da menina foram retirados em nova visita ao hospital onde tudo ocorreu. "Quando chegamos, ela começou a chorar de medo e nervosismo. Aí dissemos para ela: calma, Stefani, já está acabando. Esta será a última coisa que estamos fazendo", tranqüilizou o pai. "Aí ela começou a chorar e a rir ao mesmo tempo", Jairo dizia que a filha seguia com dificuldade de andar sozinha e que perdeu muito peso.
Com relação à prótese colocada na cabeça da menina, o pai afirmava que não sabia ao certo qual procedimento seria tomado: "Me deram duas versões: uma que teria de tirar a prótese e outra de que não". Um médico teria dito que o osso só deve ser trocado em dois ou três anos porque a prótese é de um tamanho maior do que a original. "A Stefani tem uma formação óssea de uma menina de seis anos e meio, sendo que ela tem dez. Ela mede 1,21m e pesa 27kg, antes de ser operada", diz Jairo.
O tratamento da menina com o passar do tempo foi seguido em Santa Catarina. Ela teve que fazer fisioterapia, baterias de exames e trabalho para resistência física. "Estamos extremamente contentes com a recuperação dela, eu e minha esposa estamos muito felizes porque ela está bem, com saúde e confiante. Foi difícil porque chegamos a um ponto onde ela estava no último grau de coma", disse o pai da menina .
A menina há época aluna da 4ª série e, segundo o pai, devido às notas altas, já estava passada no terceiro semestre. "Agora, claro que ela terá de fazer avaliações e recuperações, mas não perderá o ano de jeito nenhum", afirmava orgulhoso. "Ela também fazia aulas de street dance numa academia e está louca para voltar".
A advogada da família, Neide Leal, disse que entrou na justiça pedindo indenização. A decisão foi tomada , num encontro com Jairo. Ela cuidou em Porto Alegre de todos os trâmites para família da Silva, que só voltou a Porto Alegre em seis meses para consulta com o neurocirurgião que a operou.
Com uma estatura óssea pequena para sua idade, Stefani realizava há anos tratamento de reposição hormonal. Com o passar do tempo, a visão de um olho ficou prejudicada. A família procurou orientação médica, e, de acordo com Jairo, se demorassem muito a tendência era de que a filha perdesse totalmente a visão. Ela foi submetida então a um exame de ressonância magnética, que detectou um tumor cerebral.
Os pais procuraram atendimento no Rio Grande do Sul. No dia 20 de setembro de 2003, a menina teve parte da calota craniana retirada ao ser submetida a uma cirurgia para extração do tumor na parte frontal da cabeça. A cirurgia foi bem sucedida, e em três semanas ela teria a calota craniana reimplantada em procedimento cirúrgico que vinha sendo realizado no HCR, com a utilização do próprio material humano.
Depois de três protelações da cirurgia, o pai descobriu, por informações de um estagiário do hospital, que a calota do crânio de sua filha, que deveria ser reimplantado, havia sido descartado por descuido no lixo hospitalar. "Um médico residente veio me dizer que tinham perdido o osso. Ninguém sabia o que tinha ocorrido. Uns falavam que o freezer fora degelado e o material, colocado no lixo. Só queria que a menina tivesse atendimento garantido sempre que necessário. Achei um descaso com o ser humano".
Jairo recorreu ao Ministério Público pedindo providências e fez a denúncia por meio da imprensa. Além dos prejuízos imediatos, ele questionou também o futuro de sua filha, com apenas 10 anos, em fase de crescimento e a prótese não cresce.
"Durante todo esse tempo, eu e minha esposa estamos tomando antidepressivos e tranqüilizantes para nos mantermos os mais calmos possíveis", desabafou o pai á época.
"Ontem, em conversa com a advogada, decidimos que estamos nos desligando do caso. Queremos ir para longe porque estamos detonados, arrasados. A dr. Neide vai cuidar de tudo para nós. Só queremos ir para nossa cidade porque nosso foco é a integridade física de Stefani" . 2017 ; 14 ANOS DEPOIS: Passados 14 anos, a história teve um final feliz. Stefani hoje tem 24 anos e está noiva
STEFANI DA SILVA HOJE. FOTO: FACEBOOK |
STEFANI COM O PAI ,HOJE . FOTO:FACEBOOK |
O pai de Stefani, Jairo Miguel da Silva ,hoje é um politico local em Maravilha. ................Como é feita a reconstrução do crânio
Existem os métodos autólogos, em que são utilizados enxertos do próprio crânio, das costelas ou do osso da bacia. E os métodos heterólogos, nos quais são utilizados materiais como titânio, hidroxiapatita, biocerâmica, metilmetacrilato, entre outros..
Cada método apresenta vantagens e desvantagens. Em crianças até 7 anos, o enxerto ósseo autólogo deve ser preferido devido a maior capacidade de integração com o crescimento craniofacial. Em adultos, o uso do próprio osso também é sempre considerado. Quando a falha óssea é muito grande, dificilmente consegue-se enxerto ósseo suficiente e a utilização de materiais aloplásticos (heterólogos) torna-se necessária.
Qual o material com menor risco de rejeição
Sabe-se que as características ideais destes materiais são: baixo risco de alergia, não ser corrosivo ou tóxico, não ser absorvível, durabilidade e resistência, biocampatibilidade, capacidade de maleabilidade e baixa interferência nos exames diagnósticos. A hidroxiapatita, a biocerâmica e alguns polímeros são ótimas opções, especialmente quando realizadas sob medida para reconstruir o defeito craniano perfeitamente. Estes modelos são realizados pelas empresas de prototipagem através de uma tomografia computadorizada em 3D. As malhas de titâneo também são ótimas alternativas, por ser de material inócuo, e podem ser complementadas com cimento ósseo.