ISRAEL COMEÇA A DERRUBAR OS PRÉDIOS ALTOS DE GAZA. PLANO DE EXTERMÍNIO DA PALESTINA ENTRA EM GRAU PERIGOSO!
Israel derruba prédios altos de Gaza e diz que ofensiva não tem dia para acabar
Edifícios de 12 e 7 andares são derrubados, sinalizando uma nova tática militar de Israel contra o grupo militante Hamas
Ataques israelenses derrubaram o prédio de sete andares de Zourab, que abrigava um escritório do Ministério do Interior do Hamas,
e danificaram severamente um shopping center de dois andares na Faixa
de Gaza na manhã deste domingo (24), sinalizando uma nova escalada nas
sete semanas de confrontos com o grupo militante.
Sexta: Morteiro palestino mata criança israelense de 4 anos perto da fronteira com GazaRetaliação: Hamas executa 18 supostos colaboradores de Israel na Faixa de Gaza
Os ataques foram lançados em Rafah, no sul do território, poucas horas depois de Israel ter bombardeado uma torre de apartamentos na Cidade de Gaza, fazendo desmoronar um prédio de 12 andares com 44 apartamentos. As ações deixaram cerca de 30 feridos, mas ninguém foi morto, disseram funcionários palestinos.
A ofensiva contra prédios altos, cujos primeiros foram derrubados neste fim de semana, parece fazer parte de uma nova tática militar de Israel. Durante o fim de semana, o Exército começou a alertar os residentes do território por meio de ligações automáticas de que teria como alvo construções abrigando "infraestrutura terrorista" e que eles deveriam se afastar.
Neste domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou os civis palestinos para que saiam imediatamente de qualquer local onde os militantes estejam operando. "Convoco os habitantes de Gaza para esvaziar imediatamente todos os locais a partir dos quais o Hamas está realizando atividade terrorista. Cada um desses lugares é um alvo para nós", disse Netanyahu em declarações públicas antes de uma reunião de gabinete.
Anunciando que os ataques continuarão depois
do início do ano letivo em Israel, em 1º de setembro, Netanyahu afirmou
que a campanha militar contra militantes de Gaza não tem data para
terminar e seguirá até que os objetivos israelenses tenham sido
atingidos.
Bola
de fogo sobe de explosão na torre de apartamentos de al-Zafer depois de
um ataque aéreo de Israel na Cidade de Gaza, no norte do território
(23/8). Foto: AP
1/97
No
sábado, uma aeronave israelense disparou primeiro um foguete não
explosivo no prédio de 12 andares, um sinal para os moradores saírem,
antes de atacá-lo. Segundo a mídia israelense, o alvo da ação era um
apartamento no quarto andar onde o Hamas tinha um centro de comando.
Anteriormente, Israel lançou ataques precisos, atingindo prédios com
mísseis, mas os deixando de pé. Entretanto, dessa vez foi tomada a
decisão de derrubar toda a torre, de acordo com o Channel 10.
Autoridade do grupo: Hamas sequestrou jovens israelensesSem fim à vista para o combate, a fala dura de Netanyahu poderia indicar uma mudança para ataques mais ousados em bairros densamente povoados, mesmo correndo o risco de criar mais alarme internacional.
Segundo a ONU, mais de 17 mil casas foram destruídas ou danificadas no conflito. Cerca de 500 mil pessoas foram deslocadas do território de 1,8 milhão de habitantes onde os palestinos, citando os ataques israelenses que atingiram escolas e mesquitas, dizem que nenhum lugar é seguro.
Israel afirmou que o Hamas é responsável pela morte de civis porque opera entre os não combatentes. O grupo, segundo Israel, usa escolas e mesquitas para armazenar armas e como locais para lançamento de ataques de foguetes.
Quinta: Ataque aéreo israelense mata três comandantes do Hamas em Gaza
Funcionários de saúde palestinos dizem que 2.108
pessoas, sendo três quartos delas civis (incluindo quase 500 crianças),
foram mortas na Faixa de Gaza desde 8 de julho, quando Israel lançou uma
ofensiva com o objetivo declarado de acabar com disparos de foguetes
palestinos em seu território. Israel perdeu 64 soldados e quatro civis.
Desde
o início do conflito, Israel realizou cerca de 5 mil ataques aéreos,
enquanto os militantes de Gaza lançou cerca de 4 mil foguetes e
morteiros.*Com AP, Reuters e BBC