Eu lembrei de trancar a porta? Desliguei o fogão? Apaguei as luzes? Esse tipo de dúvida faz parte do nosso cotidiano. Mas para as pessoas que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo, esse tipo de pensamento pode se tornar uma doença – um comportamento debilitante que mantém a pessoa presa.
O professor da Universidade de Concórdia, Adam Radomsky, está pesquisando um tratamento para essas pessoas. “Por anos, a melhor forma de tratar um transtorno foi um difícil processo terapêutico. Ele consistia enfrentar os medos repetidamente até que a ansiedade diminuísse. Mas o nível de desistência era muito grande”.
Ao modificar os sentimentos inflados do paciente de responsabilidade pessoal, e reduzir a previsão de seriedade dos acontecimentos, o ciclo pode ser modificado. A ênfase do novo tratamento é em como as pessoas pensam, ao invés do que fazem. O progresso do tratamento proposto usa de exercícios para normalizar a responsabilidade inchada, resgatando a confiança da memória, e reduzindo a culpa e dúvida.
Desenvolvida no laboratório, a pesquisa de Radomsky promete bastante na “vida real”. “É nossa esperança que esse trabalho vai levar a um tratamento mais substancial, que pode modificar os transtornos obsessivo-compulsivos”. [ScienceDaily]