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PRÁ VOCÊ QUE DUVÍDA DA EXISTÊNCIA DA ILLUMINATI!!



Smith chegou ao Open Meeting, um treinamento de verão de vendas e negociação da companhia para 75 estagiários, em 2000. "Um sócio ficava na frente da sala com uma lista de nomes e chamava as pessoas à sua vontade, como perguntas referentes à lendária cultura da firma, sua história, sobre o mercado de ações", conta em "Por que Saí do Goldman Sachs".

"Você tinha que estar ligado, esperto, informado. Duas pessoas choraram durante o interrogatório naquele verão". Segundo o autor, menos de 40% da turma conseguia um emprego em tempo integral no Goldman Sachs.


Banco mais poderoso do mundo se referia aos clientes como fantoches

Por dez semanas, em encontros que duravam 90 minutos, os candidatos passavam por testes rígidos que normalmente eram conduzidos por sócios, diretores ou vice-presidentes. O Goldman ganhou fama de celeiro de senadores, secretários do Tesouro e dirigentes de bancos.

"Eu ficava nervoso, mas preparado", escreve no primeiro capítulo. "Algumas pessoas pareciam imperturbáveis ao serem chamadas; mas várias, homens e mulheres, pareciam arruinadas pela experiência"

Os encontros iniciavam às 18h, nem um minuto de atraso era tolerado. Quem chegasse depois do horário, e isso era comum, deveria esperar do lado de fora. "Se muita gente chegasse atrasada, todos nós tínhamos que vir às cinco da manhã seguinte para um encontro de compensação; o sócio também aparecia às 5h".

No livro "Por que Saí do Goldman Sachs", Smith narra o período como estagiário, a ascensão profissional e os momentos em que começou a notar aspectos questionáveis e irreversíveis de Wall Street.

Ao sair do Goldman, ele escreveu um polêmico artigo no jornal "The New York Times", que provocou rebuliço no mercado financeiro e em políticos, como o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Smith contou que, entre outras coisas, se referiam aos clientes como "fantoches".

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"Por que Saí do Goldman Sachs"
Autor: Greg Smith
Editora: LeYa



Em 2012, Greg Smith pediu demissão do Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional que participou da abertura de capital de empresas como Ford, Sears e Microsoft. Com mais de dez anos de empresa, ele decidiu sair quando percebeu que a busca por lucro acima de tudo acarretava, consequentemente, em comportamentos antiéticos.