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CONVERSEI COM DRUMMOND *Gilda Pinheiro de Campos*



Aproveitando minha ida a Copacabana, hoje conversei com DRUMMOND...
Fazia tempo que não me sentava naquele banco da praia p/meditar,
rever, paisagens, os pescadores com suas redes pelas manhãs ensolaradas,
o peixe fresco, os barcos coloridos, crianças brincando, o Forte de Copacabana,
meu rincão adorado de tantas lembranças e tantas saudades.
Mergulhei no tunel do tempo...A praia cedo com meus filhos,
o caminhar no calçadão...naquele tempo ainda era tranquilo e seguro,
a rua em que morei vizinha do poeta com suas amendoeiras,os fins de semana com
meus filhos e seus barulhentos amigos,em reuniões e brincadeiras, a missa aos domingos,
minha vida passando sem graça e emoção, rotina de dona de casamassacrada pela mesmice.
Tudo passou como um filme em branco e preto. Desta vez não busquei o horizonte,
nem o arco iris com seu pote de ouro. Apenas divaguei sobre o antes e o depois.
Como a paisagem muda como calor das emoções. Hoje chorei como sempre choro,
mas reverenciando o meu atual momento que mesmo de tristeza e saudade é
de redenção de um passado pessoal improdutivo. Posso dizer que meu libertador
só bem me fez com seu carinho e atenção e a ele sou grata. Conversei com DRUMONND
sem olhar o mar, sem deixar pegadas na areia, sem água de coco,
e desse encontro saí reconfortada com a certeza de que mudei por dentro e
estou mudando por fora, que tudo de agora em diante será diferente.
Valeu poeta ,valeu DRUMMOND pela companhia!!!