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Morta devido a um câncer, Françoise Forton já tinha tido o problema nos anos 80

  

 Embora ainda não se saiba  qual tipo de câncer  matou a atriz de 64 anos, ela já  tinha tido o problema   anteriormente. Durante as gravações da novela Tieta, em 1989, Françoise descobriu um câncer no colo do útero,  e durante 10 anos não havia contado nada a ninguém.    apenas os médicos e o diretor de TV Paulo Ubiratan sabiam da condição da artista.  Em 2016, a atriz disse  que tinha costume de fazer consultas de rotina no ginecologista, mas deixou de fazer o exame Papanicolaou com frequência.



— Eu fazia mais ou menos uma vez por ano, às vezes dava mais espaço. Na verdade, não tinha tanta preocupação com isso, porque nunca senti nada, nem dor, nem nenhum sintoma estranho, nada mesmo. Confesso que dei uma esquecida.   Eu ia fazer uma novela, mas antes resolvi tirar o DIU [dispositivo intrauterino para evitar a gravidez] e me deu vontade de pedir para fazer um Papanicolaou . Foi aí que ela recebeu  a notícia do câncer no colo do útero. "Foi um susto, eu não tinha histórico de câncer na família. Fiquei apavorada. A primeira coisa que veio à cabeça foi: 'Isso mata e eu não quero morrer'", disse à revista Rede Câncer na época.



Françoise confidenciou a notícia ao diretor Paulo Ubiratan para conseguir conciliar o tratamento com as gravações da novela Tieta,  onde interpretava a vilã Helena, onde intercalou   as  gravações da novela  com períodos de repouso.  Ela teve seis meses de sessões de quimioterapia e radioterapia, em que ela não sofreu de queda de cabelos, mas precisou fazer intervenção com césio, o que ela considerava uma das piores lembranças.



— Muito difícil. Colocavam um aparelho dentro de mim, e eu não podia me mexer. Foi uma semana terrível. Chegou uma hora em que eu queria parar de qualquer jeito, e uma medicação para dormir foi a solução encontrada para concluir a terapia — disse. Ela acabou vencendo o câncer na época, 

  e, aos 38 anos, precisou retirar o útero, ovários e trompas, como prevenção para reincidência da doença. No pos operatório, Françoise ainda sofreu de anemia e teve que fazer uma reeducação alimentar.

— Queria esquecer tudo aquilo. Foi muito difícil. Não queria falar nem transformar a doença em algo sensacionalista, tipo capa de revista — confessou a época. Mas com o tempo ela mudou de ideia  para falar abertamente do assunto em prol  da  prevenção contra a doença para outras pessoas: — Passei a ver muitos amigos que tiveram câncer falando sobre a doença e pensei que isso tem que servir de alerta. O número de casos de câncer feminino vem aumentando, e é possível prevenir. Eu poderia alertar sobre a necessidade de se cuidar, jovem ou não, casada ou não, com sexo ou não. Ninguém está livre. Aconteceu comigo, sem eu sentir nada e sem histórico familiar — explicou.