O tiroteio contra membros da Guarda Nacional em Washington ontem e o incêndio que devastou prédios altos em Hong Kong — mostram falhas na coleta, transmissão e uso de informação; aplicando princípios da teoria da informação (detecção precoce, redundância, codificação e canais confiáveis) muitas das causas e agravantes poderiam ter sido mitigadas.
| Brendan Smialowski— AFP/Getty Images |
O incêndio em Hong Kong consumiu vários blocos residenciais e deixou dezenas de mortos, com relatos de propagação rápida devido a materiais inflamáveis e obras em andaimes que facilitaram a expansão das chamas. O tiroteio contra membros da Guarda Nacional em Washington D.C. teve um suspeito identificado e foi tratado como ataque direcionado, com investigação em andamento sobre motivações e antecedentes do autor.
Como a teoria da informação poderia ter ajudado
1. Detecção precoce por canais sensoriais e telemetria
Incêndio: sensores distribuídos (detecção de fumaça/temperatura) com redundância e protocolos de codificação de alerta poderiam ter gerado alarmes confiáveis e acionado evacuação mais rápida, reduzindo vítimas e tempo de propagação.
Tiroteio: sistemas de monitoramento urbano (câmeras com análise de áudio/armazenamento de eventos) e canais seguros para transmitir alertas a patrulhas poderiam ter aumentado a vigilância preventiva e a resposta imediata, possivelmente impedindo o ataque ou reduzindo seu impacto.
2. Redundância e correção de erro na comunicação
Em ambientes críticos, mensagens de alerta devem ser replicadas por múltiplos canais (SMS, rádio, sirenes, apps) para superar falhas de entrega; no incêndio, dependência de um único canal local pode atrasar evacuação; em segurança pública, falhas de comunicação entre agências aumentam o risco de resposta lenta.
| Incêndios em prédios em Hong King/ lisamarie_tse/Instagram |
3. Codificação de risco e priorização
A teoria da informação orienta como codificar sinais de risco para que sinais fracos (cheiros de queimado, pequenas falhas elétricas, comportamentos suspeitos) sejam agregados e transformados em um índice de alerta com limiares ajustáveis. Isso permite priorizar recursos e intervenções antes que um evento escale.
4. Filtragem de ruído e redução de falsos positivos
Sistemas que aplicam modelos de entropia e filtragem reduzem alarmes falsos e mantêm a confiança nos alertas. Em Hong Kong, isso poderia ter evitado complacência com alarmes; em D.C., ajudaria a distinguir ameaças reais de ruídos de fundo, melhorando a alocação de patrulhas.
Aplicar a teoria da informação exige investimento em sensores confiáveis, protocolos padronizados entre agências, redundância de canais e modelos que transformem sinais dispersos em alertas acionáveis. Esses elementos não garantem prevenção total, mas reduzem significativamente a probabilidade de escalada e aumentam a chance de salvar vidas.
