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Sérgio Orlandini Sirotsky e o Atropelamento. Novas Informações

 

SÉRGIO TEIXEIRA DA LUZ 

AUDI A3 DE SIROTSKY COM MARCAS DO ATROPELAMENTO




Sérgio Orlandini Sirotsky, herdeiro de um dos maiores conglomerados de comunicação do país, a RBS, dirigia o Audi A3 da empresa que é sócio. Sérgio Teixeira da Luz andava a pé, trabalhava nas lojas Renner, era filho de cabeleireiro.




Sérgio Teixeira da Luz não queria sair naquela noite. Seus amigos insistiram. Seria a 3° edição da Big Bang, festa das turmas de Economia, Educação Física e Nutrição da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), promovida pelo Music Park, no bairro mais badalado e requintado de Florianópolis, Jurerê Internacional.

Lá ele encontraria os amigos da Renner e da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina ), onde cursava Educação Física. Por outro lado, seus amigos de infância iriam para uma balada no Centro, mais barata.

A dúvida terminou com uma cortesia para a Big Bang.

Sérgio tinha o carro da mãe disponível, mas preferiu ir de ônibus porque não gostava de dirigir após beber. O plano era voltar de Uber.


RACHA CRIMINOSO E PROTEÇÃO  DA IMAGEM

Seu amigo Rafael Machado da Cruz, no entanto, resolveu economizar e pegar o transporte público, que custa R$ 3,90 na capital catarinense.

Ao lado de Edson Mendonça de Oliveira e Maycon Mayer, eles caminhavam pelo acostamento em direção à parada. Eram 5h30.  O motorista do ônibus que eles pegariam assistiu a cena – é testemunha.

Sérgio Sirotsky atropelou Rafael, Edson e Sérgio e fugiu sem ajudar as vítimas na rodovia batizada com o nome do seu tio-avô, fundador do Grupo RBS.
SÉRGIO SIROTSKY E  FAMÍLIA SIROTSKY NA SUÍÇA
Caído no asfalto, um segundo carro atropelou Sérgio Teixeira da Luz. De acordo com as testemunhas, Eduardo Rios, 25 anos, desviou de Sérgio, mas atropelou Maycon, que prestava socorro ao amigo.

Maycon teve ferimentos leves, não ficou hospitalizado. Eduardo Rios pagou R$ 2,8 mil de fiança e foi liberado da prisão em flagrante.

Edson fraturou o braço e machucou as pernas. Rafael se recupera em casa, está em choque e ainda não sabe da morte do amigo. Sérgio não resistiu às fraturas nas pernas, costelas, maxilar e às perfurações nos pulmões.
SERGIO TEIXEIRA DA LUZ 

Havia cerca de 400 pessoas no velório. Chovia fino. O assunto era um só. Sérgio Sirotsky. As pessoas estavam incrédulas e revoltadas.

Diversas vezes foi relembrado o caso do estupro que chocou Florianópolis em 2010. Sérgio Orlandini Sirotsky tinha 14 anos. Em seu apartamento, ele e dois amigos, um deles filho de um delegado da Civil, doparam uma colega do tradicional Colégio Catarinense e a estupraram.

SÉRGIO COM O AUDI  A3
Um controle remoto foi enfiado na vagina da adolescente, aponta o laudo. De acordo com o jornalista e blogueiro Mosquito, que cobriu o crime na época, abafado pela mídia local e nacional, eles a estrangulavam quando a mãe de Sérgio entrou no quarto, Ela começou a bater no filho, mas resolveu protege-lo.

Segundos as informações de Mosquito em seu site Tijoladas, ela vestiu a menina desacordada, enrolou um cachecol em seu pescoço para esconder as marcas e ligou para seus pais dizendo que ela tinha exagerado na bebida.
   Porém passado o choque inicial, ela deve ter pensado nas conseqüências terríveis do ato de seu filho e resolveu protegê-lo. A garota ainda estava desacordada, então ela vestiu a menina, enrolou um cachecol em volta de seu pescoço para esconder as marcas e ligou para a mãe da menina dizendo: "Venham buscar sua filha, pois sabe como são esses adolescentes, fizeram uma festinha aqui em casa na minha ausência, andaram bebendo e se passando, ela está meio bêbada e caindo pelas tabelas." Os pais foram buscá-la e a levaram para casa desacordada, porém aos poucos ela foi acordando e começou um choro desesperado e a falar coisas desconexas beirando ao histerismo. A mãe apavorada com o comportamento da filha, tentando acalma-la e ao tirar o cachecol viu as marcas no pescoço da filha em choque sem saber o que pensar ou dizer levaram imediatamente a filha ao médico e lá chegando o mundo foi caindo para esta família. Depois do médico foram orientados a ir a Polícia e a fazer o exame de corpo e delito.os pais da garota receberam o telefonema do todo poderoso da RBS para que resolvessem esse "problema" de forma discreta, pois afinal era o futuro de "seus" filhos que estava em jogo.Ficou internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão .

Após sete anos, procurada , preferiu não comentar o caso. Mosquito foi encontrado enforcado na casa onde morava em 13 de dezembro de 2011. A polícia diz que não encontrou nenhuma ligação com a denúncia.Apesar de informações de que foram vistos policiais entrando dentro da casa de Mosquito.

  O delegado que conduz o inquérito do atropelameto pela 7ª DP, Otávio César Lima, explica que há duas hipóteses: culposo ou doloso.Sérgio Orlandini Sirotsky,    admitiu  que havia bebido "duas vodkas e energéticos".

A Polícia Civil também não pediu perícia do local do crime. O delegado justificou que “até por falha técnica, não sei por quê, mas não foi solicitado”. 

Quando Sirotsky não apareceu na delegacia para prestar depoimento no dia combinado, Otávio César Lima justificou que não expediu um mandado de prisão temporário porque acreditava que ele não fugiria.

Ele também comentou para uma repórter que “estava feito corno. Sabia das informações por último, pelos jornais”. O amigo de Sérgio, Bruno Martins que participou do estupro em 2010 é filho do delegado Mário  Martins , da Polícia Civil e poderoso dentro da instituição é ex presidente da Associação dos Delegados de Santa Catarina  . O depoimento não teria ocorrido por uma decisão tomada pelo  advogado  de Sirotsky , Nilton Macedo Machado (Desembargador Aposentado)conhecido por ser ex-presidente do Avaí Futebol Clube.  e por sua família. A imprensa e a população esperararíam furiosos a chegada do rapaz de 22 anos á delegacia no bairro de Canasvieiras  e isso poderia pôr em risco a vida do rapaz e manchar a imagem mais ainda da família e dos negócios do grupo.Dessa maneira o depoimento foi adiado.

Sérgio Teixeira da Luz era o filho do meio. Se espelhava no irmão mais velho, Leonardo Schmitt, que trabalhava com eventos, e era muito próximo ao mais novo, Gean. Eram parecidos no jeito e no físico magro.

Ele começou a trabalhar desde cedo. Era independente. Além de operar como fiscal na Renner, fazia bicos de garçom no beach club Taikô, de Jurerê Internacional, estudava na UDESC e tinha passado no vestibular para Manutenção Automotiva no IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina).

Rafael Machado, 23, seu amigo de infância, disse que ele era “muito esforçado e batalhador. Sempre alegre, com suas piadas sem graça e amigo de todos”.

“Ele era o tipo de cara que quando se fazia uma festa ele não ia para casa antes de ajudar na limpeza, não deixava ninguém na mão, era responsável, bom”, concluiu.
 Sérgio tinha muitos amigos. Com exceção dos pais, tios e alguns parentes mais velhos, o cemitério estava repleto de jovens da mesma faixa etária, que aguardavam na chuva as palavras finais do padre.

Um Pai Nosso e uma Ave Maria e Sérgio foi sepultado no cemitério Jardim da Paz em Florianópolis, o outro Sérgio, o atropelador , tem planos para estudar no exterior. O veículo usado pelo jovem no momento do acidente está no nome de uma empresa, em que ele e mais duas pessoas são sócias. os perfis de Sérgio Sirotsky foram apagados das redes sociais.  O rapaz ficou muito tempo estudando nos EUA em Washington onde esteve escondido no apartamento do amigo do embaixador brasileiro. Após ter vindo de Whashington, teria  ido viver em Brasília por cerca de 5 anos e depois foi para a Suiça onde não há extradição para o Brasil  . Sérgio é sócio desde 2014 da Senica Investimentos, uma empresa Holdings de instituições não-financeiras. A família está sendo alvo de investigações por crimes financeiros na Suiça. Operação Zelotes. Começou a surgir a hipótese plausível de que Sérgio Orlandini Sirotsky estava participando de um racha criminoso no momento do acidente que ocorreu por volta das 5h30min próximo ao complexo Music Park até pelo fato de que houve outro veículo envolvido. o automóvel de Eduardo dos Santos Rios, 25 anos, que conduzia o SsangYong, que atropelou novamente uma das vítimas, Sérgio Teixeira da Luz, e outro homem que prestava socorro,  Maycon Mayer, de 22 anos. O motorista do segundo acidente fugiu do local, mas foi abordado por uma viatura da Polícia Militar na avenida Beira-Mar Norte, próximo ao Hotel Majestic, a 18 quilômetros do acidente.O  jovem Maicon Mayer, de 22 anos, atingido pelo Ssangyong de Rios ao socorrer um grupo que havia sido atropelado por um Audi na SC-402, em Jurerê Internacional, contou  como foram os momentos antes da colisão. Ele teve alta no mesmo dia.
Os Três rapazes saíam da casa noturna quando foram atingidos pela  Audi A3 de Sirotsky, que fugiu. Na sequência, enquanto Maicon socorria as pessoas, a Ssangyong de Rios os atingiu, e também deixou o local.
Maicon contou que saía da festa em um carro dirigido pelo pai de um amigo quando viu um jovem estendido em frente à rodovia. "Paramos o carro, ligamos o pisca-alerta e eu já fui pro meio da rua. Tava todo mundo passando [carros], eu estava mandando todo mundo parar", disse Maicon.
Audi A3 foi abandonado na SC-401
Somente Maicon desceu do carro para prestar o socorro. "Só vimos a pessoa que estava no meio da pista, não sabíamos que tinha mais de um atropelado. O cara tava com um poça de sangue no nariz, muito machucado", disse Maicon.
Ainda conforme o rapaz, pelo menos dois carros desviaram dele na pista. "Esse [Ssangyong] não fez como os outros, que estavam diminuindo quando eu falava pra ir devagar. Ele foi para o acostamento, acelerou e depois quando viu um monte de gente jogou de volta pra pista", conta Maicon.

"Ela bateu e eu me joguei pro mato. Lembro de tudo", disse Maicon, que afirma ter ficado consciente. Ele teve apenas ferimentos nas pernas, mas os amigos o levaram para o Hospital Celso Ramos para avaliação.
  Maicon disse que acredita que foram três atropelamentos, um atrás do outro, e não dois, como testemunhas contaram para polícia no boletim de ocorrência.
O jovem não foi chamado para prestar depoimento. Lucas Stofela, advogado do condutor do Ssangyong, disse à  RBS   na segunda que o motorista atropelou uma pessoa apenas. “Existe forte indício de culpa exclusiva de terceiro, haja vista que foi abalroada a vítima na via, e não no acostamento, como se tem divulgado”.
Sobre o fato de que foi registrado no boletim de ocorrência que Rios estava embriagado, o advogado afirmou que “o boletim de ocorrência é uma versão unilateral de um fato”.

O motorista do Ssangyong, Eduardo Rios, de 25 anos, foi abordado pela polícia na Avenida Beira-Mar Norte, no Centro da capital. O carro estava com o parabrisa quebrado e havia um pedaço de jeans no parachoque.
Rios foi levado para a Central de Plantão Policial da Capital. Segundo a polícia, o teste do bafômetro registrou 0,74 mg de álcool por litro de sangue. Ele foi preso em flagrante por embriaguez ao voltante e lesão corporal culposa. A defesa de Rios diz que não há confirmação de que ele estivesse embriagado.
Na segunda-feira, Rios foi solto após uma audiência de custódia. Foi determinado pagamento de três salários mínimos de fiança e que ele se apresente mensalmente à Justiça. O entendimento foi de que ele deixou o local porque teria sido ameaçado e esperou a Polícia Militar.
Já o Audi A3 de Sirotsky foi abandonado na SC-401. Segundo o Código de Trânsito, Em caso de racha o  art. 302 (homicídio culposo em razão de “racha”) a pena é de reclusão de dois a quatro anos; no art. 308 (“racha com resultado morte decorrente de culpa”) a pena é de cinco a dez anos de reclusão! Mesmo fato, com penas diferentes (juridicamente falando, sempre se aplica a norma mais favorável ao réu, ou seja, deve incidir a pena mais branda.

Em nota divulgada na tarde desta terça, o pai do motorista do Audi, Sérgio Sirotsky pai, afirmou lamentar o ocorrido .
ENTERRO DE SÉRGIO TEIXEIRA DA LUZ