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Temer endossou subornos a Cunha para permanecer em silêncio



Temer aprovou os pagamentos mensais que Eduardo Cunha estava recebendo para permanecer em silêncio.

Em 7 de março, por volta das 22h30, o empresário Joesley Batista entrou no palácio presidencial brasileiro para se encontrar com Michel Temer. Escondido no bolso havia um gravador de voz, segundo O Globo. Michel Temer and Eduardo Cunha.



A conversa entre o presidente e Batista, presidente da gigante de carnes JBS SA, durou cerca de 40 minutos.

Batista disse a Temer que estava pagando mensalmente a Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e Lucio Funaro, para que guardassem silêncio sobre dezenas de segredos embaraçosos.

Segundo Batista, Temer pareceu estar satisfeito com o que foi dito, baixou a voz, e supostamente disse: "Olha, você tem que manter isso".

O jornal relatou que Batista e seu irmão, o executivo-chefe Wesley Batista, apresentaram a gravação aos promotores como parte das negociações  de súplicas, acrescentando que a JBS também contratou um escritório de advocacia para discutir um acordo de clemência com o Departamento de Justiça dos EUA. A gravação  virá a tona amanhã.
Os parlamentares pedem agora o impeachment de Temer, Enquando os movimentos sociais renovaram sua chamada para eleições democráticas.Aécio Neves, presidente do PSDB e senador por Minas Gerais, foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS De acordo com a publicação, as informações fazem parte de uma delação de Joesley que ainda não foi homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O depoimento do empresário foi dado à PGR (Procuradoria-Geral da República)  em abril e, no dia 10 passado, o conteúdo foi comunicado ao ministro do Supremo Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte .Aécio e Joesley se encontraram no dia 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O diálogo gravado durou cerca de 30 minutos. Na gravação obtida pelo jornal, o tucano afirmou que iria contratar o criminalista Alberto Toron para defendê-lo na Lava Jato. O nome do advogado já havia sido citado à Joesley, anteriormente, por Andréa Neves, irmã e braço-direito do senador O jornal detalha como foi o diálogo. Joesley pergunta como poderia fazer a entrega das malas com os valores. "Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da  minha confiança", propôs o empresário. O senador respondeu: "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho".  Aécio indicou um primo, Frederico Pacheco de Medeiros para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.  Quem levou o dinheiro a Fred foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou uma delas. No material que chegou às mãos de Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, na semana passada, segundo O Globo, a PGR diz ter elementos para afirmar que o dinheiro não foi repassado a advogado algum. As filmagens da PF mostram que após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Mendherson levou de carro a propina para Belo Horizonte. Ele foi seguido pela PF durante as três viagens. As investigações da PGR revelaram que o dinheiro não era para advogado. O assessor negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella. (dono do famoso helicóptero )