O livro que originou este protesto chama-se Borderlife e a sua autora é a israelita Dorit Rabinyan, bastante célebre no seu país. As personagens são uma mulher israelita, Liat, e um homem palestiniano, Hilmi, que se encontram em Nova Iorque e se apaixonam. Depois, voltam aos seus respectivos países.
Dalia Fenig, do Ministério da Educação de Israel, defendeu a não entrada do livro no currículo escolar de forma polêmica. "As relações íntimas entre judeus e não judeus e certamente a opção aberta de as institucionalizar através do casamento e estabelecer uma família - mesmo se isso não acontece na história - são consideradas uma ameaça à identidade distinta por grandes segmentos da sociedade", afirmou.
Noam Arnon, um dos líderes dos colonatos judeus em Hebron, reforçou que também se opõe às relações entre árabes e judeus. "Aqueles que compreendem a missão do povo judeu querem que a próxima geração também seja judaica", disse Arnon. Para além disso, adicionou que não perder judeus para casamentos mistos é importante devido aos seis milhões de mortos no Holocausto.