Pular para o conteúdo principal

'TEMOS QUE IR DEVAGAR PORQUE O SANTO É DE BARRO'' LHS 2 MESES ANTES DE ...

09.03.2015
“Temos que ir devagar,  porque o santo é de barro”

 Luiz Henrique - O momento é delicado. Há um desencontro claro entre os poderes, entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, e no meio disso tem esse escândalo da Petrobras. Algo que nunca se viu na história desse país. Uma crise de corrupção tão grande, nunca se viu nesse país. Dizia-se que só ia para a cadeia ladrão de galinha, entretanto, diretores das maiores empreiteiras do país estão presos desde dezembro. E agora abrem-se investigações contra dezenas de políticos, senadores deputados, governador, ex-governador, ex-senador, ex-deputado... o clima aqui é de absoluta turbulência. Sou absolutamente minoritário dentro do partido. Não sou chamado para as discussões da cúpula do PMDB. Portanto, não tenho responsabilidade por nenhuma decisão da cúpula do partido. Estou procurando influenciar para que o partido de fenda uma reforma política já. Ontem mesmo (03/março) estive com o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), juntamente com o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e demais membros da Fundação Ulysses Guimarães, onde apresentei minhas ideias relativamente à reforma política. Mas foi a primeira vez em que fui consultado para alguma coisa. Não tenho nenhuma responsabilidade pelos ministros que foram nomeados, nem pelas gestões do partido junto ao governo. O momento atual é incomparável. É incomparável! Há uma sensação geral de falta de credibilidade das instituições. E agora vai haver uma autofagia no Congresso quando forem revelados os nomes das pessoas que estão envolvidas nessa cadeia de corrupção da Petrobras (Lista de Janot). Mas eu tenho a convicção de que fatos como esse, da Petrobras, do Mensalão, do Trensalão e outros tantos, são consequência do sistema de financiamento das eleições. Se nós barrarmos qualquer contribuição privada de empresas, de pessoas jurídicas, e permitirmos apenas a doação por parte de pessoas físicas, mudaremos esse quadro. Se nós mantivermos o sistema atual, virão outros escândalos de corrupção pela frente. É a mesma coisa que a guerra. As guerras são oriundas do complexo industrial militar, assim como a corrupção é consequência do sistema eleitoral.No meu governo, eu tive várias crises com o meu partido. Imagina um governador que não é do MDB. Cada setor, parlamentar ou prefeito, se puder ter mais do governo, vai ter mais. Mas acho que há uma harmonia entre o governador e o vice (Eduardo Moreira, presidente licenciado do PMDB-SC). E o partido tem sido contemplado pelo governador, ocupando funções importantes e estratégicas do governo.Um companheiro nosso-PMDB- será o candidato a governador, o vice será do PSD, o candidato a uma das vagas ao Senado será o Raimundo Colombo. A outra vaga vamos ver como é que se compõe, havendo até a hipótese de reeditar a tríplice aliança com o PSDB. As várias hipóteses não podem ser descartadas. E o PMDB vai continuar amplamente majoritário, com o  maior número de prefeituras. Vou me empenhar para que PMDB e PSD e, se possível, o PSDB, estejam o mais harmonicamente possível conectados. Haverá casos em que nós disputaremos, é inevitável. Mas que na maioria dos casos tentemos fazer um esforço para compor os partidos.Só que o ''chumbinho'' deu um jeito em LHS no almoço e assim IPREV e Poder Executivo podem seguir nas mãos de Colombo e Dilma pra que nenhum bicudo coma os grãos . Os beneficiários que se danem. A grana tem que ser reposta. LHS se juntou com urubus e virou carniça!