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General José Antonio Nogueira Belham SE DANOU!

PRONTO! TÁ AÍ O BANDIDO.
General José Antonio Nogueira Belham deve ser denunciado pela morte do deputado Rubens Paiva, preso e torturado pela ditadura militar em 1971.

O Ministério Público Federal deve pedir a abertura de ação penal contra o general reformado José Antonio Nogueira Belham, 80, pela morte do deputado Rubens Paiva, preso e torturado pela ditadura militar em 1971.
A informação foi dada ontem pelo coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari. Ele apontou Belham, então chefe do Doi-Codi no Rio, como responsável pela morte e pela ocultação do corpo do deputado.
Paiva era perseguido pelo regime e foi preso em 20 de janeiro de 1971. Morreu no dia seguinte, após ser espancado em bases da Aeronáutica e do Exército no Rio. Belham comandava o Doi-Codi carioca, onde a vítima foi vista pela última vez. Ele foi ouvido pela comissão em 2013 e negou participação no caso.
"O general Belham tem total ciência dos fatos ligados à morte e à ocultação do corpo de Rubens Paiva", afirmou Dallari. "Ele está vivo, sabe o que aconteceu e tem a obrigação moral de dizer onde estão os restos mortais."
A Comissão da Verdade também apontou ontem o então tenente Antonio Fernando Hughes de Carvalho, morto em 2005, como um dos assassinos de Rubens Paiva. Ele foi visto por dois militares agredindo o deputado.
(Foto: Divulgação/Exército) De acordo com o depoimento de uma testemunha, o então tenente Antônio Fernando Hughes de Carvalho, que já morreu, foi um dos torturadores. O relatório da comissão informa que ele morreu depois de ser torturado pelos militares, como mostrou o Bom Dia Rio.
A comissão chegou até o nome após ouvir uma testemunha, que não teve o nome revelado. Ele foi chamado de agente Y. No depoimento, ele afirma ter visto o tenente Hughes pressionar o ex-deputado contra uma parede.
De acordo com o relatório, a mais nova prova  é o depoimento de um militar que trabalhava no Destacamento de Operações de Informações (DOI), na Tijuca, Zona Norte do Rio.
A comissão ainda não conseguiu esclarecer que destino foi dado ao corpo de Rubens Paiva mas tem o nome de uma pessoa que poderá informar onde estão os restos mortais do ex-deputado.
Segundo a comissão, a testemunha-chave é o general reformado, José Antônio Nogueira Belham, que hoje mora em Brasília.
De acordo com depoimento obtido pela comissão, Belham estava no Doi-Codi quando Rubens Paiva foi torturado. Ele prestou depoimento no ano passado e revelou que estava de férias na época. A comissão diz que o argumento não foi confirmado, já que no relatório estão recibos de pagamentos de diárias, com datas coincidentes com a prisão de Rubens Paiva. O general Belhan disse que não vai prestar novo depoimento.
Como vem fazendo quando o assunto são os trabalhos da comissão da verdade, o Exército informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
O Coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Dalmo Dallari, informou que eles vão pedir a colaboração da Câmara dos Deputados para tentar ouvir o general Belhan. " Nós vamos pedir a colaboração da Câmara dos deputados. E a Câmara dos Deputados tem um instrumento muito poderoso que a Comissão Parlamentar de Inquérito. Então, uma Comissão Parlamentar de Inquérito, uma CPI, de curta duração, pode nos ajudar a resolver esse mistério definitivamente", revelou.