Ex-diretores do banco BVA podem ter tentado obter
vantagem sobre a Legião da Boa Vontade (LBV) quando o banco entrou em
regime de intervenção. Com o possível objetivo de garantir algum recurso
depois de ficarem com os bens indisponíveis, empresas controladas por
José Augusto Ferreira dos Santos — ex-presidente da instituição
financeira —, e por José Roldão de Almeida Souza — ex-administrador —,
fizeram cobranças irregulares à LBV. Além deles, a entidade também
recebeu faturas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC)
Itália, criado pelo BVA, e do Citibank Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários.
A questão foi parar no Tribunal de Justiça
de São Paulo e será analisada pelo interventor do banco, Eduardo Félix
Bianchini. Em alguns dias ele deve enviar uma resposta à Justiça. No
processo consta que a LBV firmou uma cédula de crédito bancário com o
BVA de R$ 10 milhões, uma operação equivalente a fazer um empréstimo.
Essa cédula seria transferida para o Fundo Itália, porém, pela
descrição no processo aberto pela entidade, os gestores, custodiantes e
administradores do Itália tentaram receber os valores. “Na hora que a
gente foi pagar a dívida, apareceram vários credores. Eu não sei a quem
devo pagar”, explicou o advogado da LBV Márcio Pollet. “Abrimos o
processo para nos proteger”, disse.
Com o surgimento dos
credores, a entidade decidiu abrir um processo citando todos os
envolvidos para que a Justiça determine a quem deve ser paga a dívida.
Enquanto não sai uma decisão, a LBV pediu permissão para fazer os
pagamentos de maneira consignada, em uma conta da Justiça. Solicitou
ainda que sejam suspensos os juros pelo atraso, já que não há credor
certo e o dinheiro está guardado em uma conta judicial. Outras empresas e
entidades fizeram pedido semelhante, de pagar os empréstimos em
consignação, porém o processo da LBV está mais adiantado. No total, o
BVA é citado em pouco mais de 240 processos no TJSP, nem todos
referentes a intervenção e a operações de crédito. Com esses conflitos
judiciais, a inadimplência da carteira de créditos a receber do fundo
Itália chegou a 8%, pouco mais de R$ 34 milhões.
Segundo a
assessoria de imprensa dos ex-administradores do BVA, não houve
irregularidade. “A operação citada foi feita seguindo todos os
parâmetros das leis e regras que regulam o setor. Foi registrada na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do setor, e
cumpre todas as normas estabelecidas pela autarquia”, informou em nota. O
Banco Central, procurado pela reportagem, disse que não comentaria o
caso. O BVA afirmou que depois da intervenção não possui mais assessoria
de imprensa ou porta-voz.
Ex-diretores do banco BVA podem ter tentado obter
vantagem sobre a Legião da Boa Vontade (LBV) quando o banco entrou em
regime de intervenção. Com o possível objetivo de garantir algum recurso
depois de ficarem com os bens indisponíveis, empresas controladas por
José Augusto Ferreira dos Santos — ex-presidente da instituição
financeira —, e por José Roldão de Almeida Souza — ex-administrador —,
fizeram cobranças irregulares à LBV. Além deles, a entidade também
recebeu faturas do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC)
Itália, criado pelo BVA, e do Citibank Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários.
A questão foi parar no Tribunal de Justiça de São Paulo e será analisada pelo interventor do banco, Eduardo Félix Bianchini. Em alguns dias ele deve enviar uma resposta à Justiça. No processo consta que a LBV firmou uma cédula de crédito bancário com o BVA de R$ 10 milhões, uma operação equivalente a fazer um empréstimo. Essa cédula seria transferida para o Fundo Itália, porém, pela descrição no processo aberto pela entidade, os gestores, custodiantes e administradores do Itália tentaram receber os valores. “Na hora que a gente foi pagar a dívida, apareceram vários credores. Eu não sei a quem devo pagar”, explicou o advogado da LBV Márcio Pollet. “Abrimos o processo para nos proteger”, disse.
Com o surgimento dos credores, a entidade decidiu abrir um processo citando todos os envolvidos para que a Justiça determine a quem deve ser paga a dívida. Enquanto não sai uma decisão, a LBV pediu permissão para fazer os pagamentos de maneira consignada, em uma conta da Justiça. Solicitou ainda que sejam suspensos os juros pelo atraso, já que não há credor certo e o dinheiro está guardado em uma conta judicial. Outras empresas e entidades fizeram pedido semelhante, de pagar os empréstimos em consignação, porém o processo da LBV está mais adiantado. No total, o BVA é citado em pouco mais de 240 processos no TJSP, nem todos referentes a intervenção e a operações de crédito. Com esses conflitos judiciais, a inadimplência da carteira de créditos a receber do fundo Itália chegou a 8%, pouco mais de R$ 34 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa dos ex-administradores do BVA, não houve irregularidade. “A operação citada foi feita seguindo todos os parâmetros das leis e regras que regulam o setor. Foi registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do setor, e cumpre todas as normas estabelecidas pela autarquia”, informou em nota. O Banco Central, procurado pela reportagem, disse que não comentaria o caso. O BVA afirmou que depois da intervenção não possui mais assessoria de imprensa ou porta-voz.
A questão foi parar no Tribunal de Justiça de São Paulo e será analisada pelo interventor do banco, Eduardo Félix Bianchini. Em alguns dias ele deve enviar uma resposta à Justiça. No processo consta que a LBV firmou uma cédula de crédito bancário com o BVA de R$ 10 milhões, uma operação equivalente a fazer um empréstimo. Essa cédula seria transferida para o Fundo Itália, porém, pela descrição no processo aberto pela entidade, os gestores, custodiantes e administradores do Itália tentaram receber os valores. “Na hora que a gente foi pagar a dívida, apareceram vários credores. Eu não sei a quem devo pagar”, explicou o advogado da LBV Márcio Pollet. “Abrimos o processo para nos proteger”, disse.
Com o surgimento dos credores, a entidade decidiu abrir um processo citando todos os envolvidos para que a Justiça determine a quem deve ser paga a dívida. Enquanto não sai uma decisão, a LBV pediu permissão para fazer os pagamentos de maneira consignada, em uma conta da Justiça. Solicitou ainda que sejam suspensos os juros pelo atraso, já que não há credor certo e o dinheiro está guardado em uma conta judicial. Outras empresas e entidades fizeram pedido semelhante, de pagar os empréstimos em consignação, porém o processo da LBV está mais adiantado. No total, o BVA é citado em pouco mais de 240 processos no TJSP, nem todos referentes a intervenção e a operações de crédito. Com esses conflitos judiciais, a inadimplência da carteira de créditos a receber do fundo Itália chegou a 8%, pouco mais de R$ 34 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa dos ex-administradores do BVA, não houve irregularidade. “A operação citada foi feita seguindo todos os parâmetros das leis e regras que regulam o setor. Foi registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do setor, e cumpre todas as normas estabelecidas pela autarquia”, informou em nota. O Banco Central, procurado pela reportagem, disse que não comentaria o caso. O BVA afirmou que depois da intervenção não possui mais assessoria de imprensa ou porta-voz.
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