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Diga Não à Pedofilia O pior é saber que não chegamos nem na metado da sujeira toda!! Mas a verdade há de vir a tona!! Sallime Materia enviada Por Joana D'Arc Valente Santana. Pode chegar a 200, número de envolvidos com rede de pedofilia no Acre Apesar do processo correr em segredo de Justiça, alguns nomes da relação de clientes vazaram e tem acusados buscando Habeas Corpus preventivo. Dezenove dias após a Polícia Civil desbaratar uma quadrilha de aliciadores de menores e adolescentes que agia na Capital, e prender dois “clientes” que contratavam periodicamente os “serviços” da organização, uma entrevista coletiva foi realizada na manhã desta segunda-feira (5), na sede da Delegacia de Combate ao Crime Organizado – DECCO, no Ministério Público, localizado na rua Alvorada, bairro Bosque. A existência da relação com os nomes de alguns envolvidos com a quadrilha, que a princípio foi negado, foi confirmado nas “entrelinhas”, hoje (5) durante a coletiva onde estiveram presentes representantes da Polícia Civil do Acre e do Ministério Público Estadual. De acordo com as autoridades, foram pedidos à Justiça doze mandados de prisão, mas apenas três foram deferidos pelo juiz Romário Divino, da 2ª Vara da Infância e da Juventude. Mas, segundo um membro da Polícia Civil, que teve acesso aos nomes dos envolvidos, cerca de 200 pessoas estão na mira da polícia e do Ministério Público. De acordo com as informações, a lista é composta, em sua maioria, por grandes empresários e pecuaristas e os “serviços” prestados pelas menores chegaram ao interior do Estado, ultrapassando os limites fronteiriços do Acre com os países andinos. Apesar do processo correr em segredo de Justiça, alguns nomes da relação vazaram e informações dão conta que tem acusados buscando Habeas Corpus preventivo. Até o momento apenas o presidente da Federação da Agricultura, Assuero Veronez e o pecuarista Adálio Cordeiro foram presos e encaminhados ao presídio estadual. No sábado (3), os acusados tiveram o pedido do relaxamento de prisão negado pela desembargadora Denise Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, que estava no plantão no final de semana. Um terceiro acusado, conhecido apenas por Marcelo, que teve a prisão decretada, está foragido, apesar de toda vigilância para se evitar que os suspeitos fujam. Tráfico internacional de pessoas A polícia levou quatro meses investigando, monitorou 24 horas por dia os passos dos sete aliciadores, e no dia 17 de setembro deflagrou a Operação Delivery, onde os sete foram presos e encaminhados ao presídio estadual. Segundo as investigações, a rede de prostituição de menores e adolescentes estaria atuando há mais de 14 anos no Acre, e algumas vítimas eram levadas a se prostituírem nos países vizinhos: Peru e Bolívia. Durante a coletiva, o delegado Nilton Boscaro disse que no decorrer das investigações e por meio de alguns depoimentos de pessoas envolvidas com o caso, apareceram indícios de que menores estariam sendo levadas para se prostituírem na Bolívia e no Peru, o que configura tráfico internacional de pessoas. De acordo com a delegada da Polícia Civil, Elenice Frez, a Bolívia é o principal destino das mulheres acreanas vítimas de tráfico internacional. “A Polícia Federal participou das prisões porque durante as investigações e depois de alguns depoimentos encontramos indícios de que menores estavam sendo levadas para se prostituírem na Bolívia e também do Peru. Como é um crime que transcende as fronteiras internacionais, e trata-se de tráfico internacional de pessoas, solicitamos o apoio da Polícia Federal para que passe a investigar esse crime, que é de sua competência”, esclareceu Boscaro. Sobre as prisões de Assuero Veronez e Adálio Cordeiro, ele afirmou que o pedido de prisão dos pecuaristas se deu a partir da obtenção de provas consistentes que os apontavam como clientes da quadrilha. http://www.contilnetnoticias.com.br/Conteudo.aspx?ConteudoID=21186